10 motivos para ficar ligado no NBB
Começa no próximo domingo a segunda edição da Liga Nacional de Basquete, o Novo Basquete Brasil, e o DraftBrasil que já mandou pro ar com Guilherme Tadeu o ranking de força, resolveu fazer um ranking diferente. Aqui estão 10 bons motivos para ficar ligado nesse NBB:
1) O trio pinheirense
Shammel, Olivinha e Diego podem ser classificados como o melhor trio de jogadores do campeonato. Diego acrescenta a intensidade, apesar do seu basquete meio indisciplinado, a experiência e a visão de jogo de Shammel, e os dois são potencializados pela dominancia de Olivinha, que foi o único jogador que conseguiu ter 20 ou mais pontos e 10 ou mais rebotes por jogo na temporada passada.
2) Estados Unidos do Brasil
Além do já citado Shammel, outro americano que chama atenção é o armador Larry Taylor, de Bauru, segundo melhor assistente e oitavo maior cestina da temporada passada, deve mais uma vez ser a principal estrela da equipe do interior paulista. A colônia aumentou esse ano com a chegada de Marshall Brown e Delano Thomas para o Palmeiras\Araraquara, Mark Borders e John Thomas em Assis, Jeff Agba em Bauru, Tony Stockman e o recém chegado Harper Williams em Franca, as também novas contratações JaJuan Smith e Chris Jeffries no Minas, Leonard Mosley no estreante Londrina e Magen McNeil e Tramaine Stevens no CETAF.
3) O apoio que vem de fora
Média de 12 mil espectadores nas finais. Esse foi o número mais marcante do NBB 2009/2009, e ele tem um motivo: Flamengo. A torcida rubro-negra abraçou o time e o apoiou, além do talento dentro de quadra a torcida nunca deixou o time na mão quando mais precisou, seja no episódio dos salários atrasados no começo do campeonato, seja na final onde o time precisou de 5 jogos para bater o Universo/Brasília. Agora fica a pergunta, será que a torcida do estreante Palmeiras – parceiro da tradicional Araraquara – vai deixar barato ou os alviverdes vão abraçar o time de basquete também?
4) De volta pra casa
Depois do último período de seleções muito se especulou sobre jogadores de nível mundial que estariam dentro do patamar financeiro do NBB, falou-se em Joaquim Gomes, Jaime Lloreda, e o Universo acertou com um que passava despercebido. Guilherme Giovannoni depois de uma longa temporada na Europa, onde jogou em vários países, e de um ano sólido no Bologna da Itália, volta pra casa, pra jogar para o seu último treinador em terras brasileiras, Lula Ferreira. Do jogador é esperado uma temporada de líder no time do Universo, conduzindo o time junto com Alex de volta as finais.
5) Festa no interior
Não é novidade pra ninguém, o maior polo do basquete brasileiro é o interior paulista. Cinco dos 14 times dessa temporada do NBB são “caipiras”, quase a metade, e todos vem para o campeonato para brigar por vôos maiores, os 5 estão na zona dos playoffs no Ranking DB. Franca é o destaque, com a adição de Vitor Benite, Ricardo Probst e David ao poderoso elenco francano o time pode ser um dos 4 a ter folga na primeira rodada dos playoffs. Os outros 4, Bauru (#8), São José (#9), Assis (#10) e Araraquara (#11) compõem o bloco dos times que chegarão aos playoffs e nem todos devem chegar a 2ª fase. Mas uma coisa é fato, o jogo ousado de Assis deve realmente torná-los o time mais divertido de ver jogar do NBB, os vôos de John Thomas e lucas Tischer com a armação de Mark Borders merecem o destaque.
6) Virando gente grande
De cara podemos destacar 3 nomes: Cauê Borges, de Franca, Raulzinho, do Minas e Rômulo, de Joinville. Cauê é promessa de bom jogador, filho do consagrado Chuí, Raulzinho foi convocado por Moncho para a “seleção da lusofonia” e Rômulo é um armador promissor, produto das categorias de base do time catarina, com a nova regra para jogadores jovens, devemos ver outras revelações durante o campeonato, o que faltou no ano passado.
7) Paulistano
Fernando Pena começando o campeonato 100%, várias adições ao elenco: Baby, André Bambu pro garrafão, Edu e Felipe pras alas, além da volta de Betinho, que não acertou sua transferência para a Europa, dão ao time paulista um bom cenário para começar o ano. Sob a batuta do promissor João Marcelo o time deve causar problemas no campeonato.
8] A tábua é catarina
Joinville é um time que mais uma vez deve chegar as semifinais, isso não é novidade, e mais uma vez devemos passar o ano nos perguntando: Como Shilton consegue dominar tanto os rebotes? Líder no fundamento, o cuiabano foi o rei da tábua com quase 12 rebotes de média, e olha que ele nem é dos mais altos, “apenas” 1,98m de altura. Seria Shilton o Dennis Rodman brasileiro?
9) Hora de crescer
A prétemporada do basquete brasileiro foi marcada por um episódio infeliz. Confusão no torneio amistoso de Joinville e um episódio bem juvenil protagonizado pelo experiente e vice-presidente da Associação de Jogadores, Marcelinho Machado. O episódio foi infeliz e a punição foi tratada como piada pelos basqueteiros, 5 jogos que poderiam ser cumpridos em amistosos não era o que se esperava de uma punição que deveria ser exemplar, se lembrarmos que na NBA, no episódio da briga entre Pistons e Pacers, Ben Wallace que “só” cometeu a falta que originou a briga pegou 6 jogos da temporada da NBA. Jermaine O’Neal por um soco que nem atingiu o alvo foi suspenso por 15 jogos (a pena original era de 25 e foi reduzida). Fica a torcida pelo amadurecimento do basquete como espetáculo e que quem quiser manchá-lo que pague de forma exemplar.
10) Saldanha da Gama
O time capixaba já pode ser considerado ganhador de um título: Maior evolução. O time fez uma das piores campanhas na temporada passada, mas já durante as férias o time fechou com o pivô cubano que jogava pro rival, Amiel, contratou o armador panamenho Joel Muñoz e fechou uma parceria com o Guaraná Antartica que vai contemplar tanto o time adulto que disputa o NBB quanto sua base. O time que revelou Anderson Varejão não parece vir apenas para participar do campeonato desse ano.