Draft Brasil entrevista José Neto, auxiliar da Seleção Masculina, em Belo Horizonte

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Publicado em: 21/05/2009

Na terça-feira, dia 19, José Neto, auxiliar da Seleção Masculina de Basket foi entrevistado pela reportagem do Draft Brasil. Muito solícito e atencioso, o auxiliar do espanhol Moncho Monsalve fez um rápido balanço do torneio nacional, falou da troca de idéias com o técnico principal da Seleção e o que podemos melhorar internamente em nosso jogo.

Draft Brasil – Neto, qual o balanço que você faz até aqui da Liga Nacional ?

Neto – É bom vermos um torneio que busca melhorar a organização do basquetebol. O caminho tem que ser este.

Draft Brasil – Qual a maior crítica que você faria em relação ao jogo praticado aqui no país ?

Neto – Ainda acho que o individualismos vem resolvendo o jogo internamente várias vezes e não o jogo coletivo. Claro que a individualidade tem que existir, mas tem que existir também o jogo conjunto, fazer com que todos tenham ação ofensiva, tenham importância e consigam ser produtivos. O jogo ainda fica nas mãos de alguns atletas e isso tem que ser repensado. Defensivamente é importante ressaltar um conceito que se chama resistência defensiva, que é defender com a mesma intensidade durante os 40 minutos de jogo. Este é um ponto que ainda não conseguimos aprimorar no nosso jogo interno. Defendemos bem em alguns momentos, mas não adianta defendermos bem 70 ou 80% do tempo de jogo. O jogo é longo, temos que melhorar nesta parte, não temos essa concepção bem desenvolvida.

Draft Brasil – Mas, como corrigir ou criar estes conceitos, como por exemplo, a resistência defensiva ou a melhora do jogo coletivo citadas por você ?

Neto – Olha, como coordenador das categorias de base da Confederação Brasileira, tento desenvolver nos encontros períodicos com atletas e clínicas que ministro estes conceitos e claro, colocar em prática na quadra. Logo, tudo começa na base. E tem que ser focado na formação dos atletas nos clubes. Ali é o ponto mais importante do desenvolvimento que temos internamente. Não temos como fugir da realidade que a base é de extrema importãncia para desenvolvermos conceitos de jogo que sejam corretos. O jogo internacional tem usado estes conceitos com clareza e temos que estar próximos de quem faz isso bem.

Draft Brasil – Uma crítica que foi feita ao Moncho Monsalve, foi que ele não esteve presente na primeira fase dos jogos da Liga Nacional. Desta forma, como Moncho ficou sabendo do que ocorria nas quadras nacionais e como foi a interação da comissão técnica neste período ?

Neto – Moncho mesmo quando fora, esteve envolvido com o nosso torneio nacional. Enviamos para ele dvds com jogos para que ele pudesse analisar, mesmo que não in loco, conversávamos, ele também tinha as estatísticas todas disponíveis para ajudar em suas análises. Ou seja, não ficamos à deriva. Eu também vi jogos e trocamos análises e idéias sobre o que viámos. Claro que somente agora ele pode vir ao vivo e ver as partidas, o que tem sido muito bom. Mas o trabalho não parou somente por ele estar fora do país.

Draft Brasil – Ante-vespéra de convocação, e claro, é um assunto que todos gostam de especular bastante. Do jogo de hoje (Minas x Bauru), poderá sair algum nome para quinta-feira ?

Neto – É um assunto que todos gostam mesmo. Mas não temos como adiantar nada além do sabido. Para a Seleção A são os jogadores que todos nós conhecemos de cor: Varejão, Nenê, Leandrinho, Spliter, enfim, os nossos principais atletas, isso não chega a ser novidade. Para a Seleção B, aí sim temos outros nomes, claro. Hoje aqui tivemos jogadores mais novos que estamos olhando, como o Alex e Renato do Bauru, Luiz do Minas, enfim, estamos observando vários atletas do torneio.

Draft Brasil – Aqui em Belo Horizonte, ficamos sabendo de elogios do Moncho ao Luiz Felipe, armador da equipe do Pitagóras/Minas, é um nome especulado também …

Neto – Bom, o Moncho gostou muito do jogo dele, achou ele um bom armador mas claro, ele tem que ter mais tempo de quadra também no Minas. Mas é um bom atleta.

Draft Brasil – Voltando também ao fato do Moncho não estar presente nos jogos da primeira fase, os jogadores que foram elimados precocemente podem achar que não tem chances de convocação ou de ao menos serem analisados em algum momento, isso é verdade ?

Neto – Não, não. Claro que não. Observamos também estes atletas. Estamos tentando analisar o máximo possível de atletas. Não podem e nem devem se desmotivar. Como disse antes, trocamos análises sempre e temos atletas bons nas equipes que já saíram. De cabeça rapiamente, temos o Dedé no Paulistano, Audrey do Univates/Bira, outro bom atleta. Para você ver o caso do Audrey, que é da equipe que ficou em último lugar e estamos aqui falando dele. Temos que analisar todos os jogadores que temos à disposição. Não podemos deixar passar ninguém na análise se quisermos melhorar e fazer as coisas da maneira correta.

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