Tamanho ainda é documento

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Publicado em: 5/02/2014

Tamanho ainda é importante na NBA, e se vier acompanhado de alguma técnica, melhor ainda. A subida do pivô camaronês Joel Embiid nas projeções do Draft deste ano – os sites especializados em recrutamento Draft Express, NBA Draft e o da própria ESPNcolocam o pivô de Kansas como a 1ª escolha do Draft mais badalado dos últimos anos, desbancando o trio formado por Andrew Wiggins, Jabari Parker e Julios Randle, que travavam entre si uma disputa para o tal privilégio – é mais uma amostra de quanto às franquias são obcecadas por este tipo de jogador, aquele que pode a vir ser dominante no garrafão. Como disse Dwyane Wade na época em que era companheiro de Shaquille O’Neal: “ter um jogador como ele torna tudo mais fácil”. E acredite, hoje não é preciso ser ‘Shaq’ para entrar na lista de desejos dos gerentes gerais da liga.

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De acordo com especialistas, o camaronês Joel Embiid tem tudo para manter a tradição dos gigantes como a 1ª escolha do Draft.

A década de 80, considerada como o início da era dos “super pivôs”, foram 5 anos seguidos tendo grandalhões como os  primeiros a serem fisgados: Ralph Sampson (1983), Hakeem Olajuwon (1984), Patrick Ewing (1985), Brad Daugherty (1986) e David Robinson (1987) . No início da década de 90, Shaquille O’Neal se juntaria a turma ao ser pinçado como 1ª escolha no Draft de 1992 (Alonzo Mourning, outro que marcou época, foi escolhido em 2º nesta mesma noite). Foram escolhas inquestionáveis na época e mesmo Sampson e Daugherty, se não tiveram carreiras brilhantes como os demais, foram jogadores bem consistentes. Mas e depois de O’Neal? A liga seguiu e segue buscando seu próximo candidato a jogador dominante, ás vezes com apostas arriscadas, e a noite do recrutamento talvez até expresse uma regra universal do basquete, e quem joga/jogou rachão já deve ter visto muito isso: o 1º a ser escolhido quase sempre é o mais alto.

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Os pivôs David Robinson e Patrick Ewing foram protagonistas de grandes duelos entre 2 primeiras escolhas do Draft da NBA.

Chris Webber, apesar de não se encaixar exatamente no tipo de jogador que estamos analisando, manteve a preferência por homens de garrafão no Draft de 1993. Depois, só em 1997, com Tim Duncan, eles voltariam a aparecer como os primeiros. Em 1998, a primeira surpresa. Os Clippers surpreenderiam ao confirmar o nigeriano Michael Olowokandi como o 1º nome a ser anunciado (na frente de Paul Pierce e Dirk Nowitzki) por David Stern. Com uma carreira bem discreta na liga, Olowokandi ficou famoso no Brasil ao chegar as vias de fato com Nenê, em uma partida que ocorreu na temporada de novato do brasileiro.

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Apesar da estatura, Michael Olowokandi foi uma aposta do Los Angeles Clippers no Draft que deu errado.

Depois do nigeriano brigão, tivemos mais 4 anos seguidos com grandões sendo os primeiros a receber bonés na noite do recrutamento: os regulares e opacos Elton Brand e Kenyon Martin. Kwame Brown, que muitos consideram o maior erro de Michael Jordan no basquete, e Yao Ming, que ao ser descrito pelos scouts como um gigante com técnica (e pertencer a um mercado cobiçadíssimo) virou desejo de consumo das franquias. Esta sequencia seria interrompida em 2003, na época pelo garoto-prodígio, LeBron James.

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O então garoto-prodígio LeBron James quebrou uma sequência de grandalhões selecionados como a 1ª escolha no Draft da NBA.

Em 2004, o prospecto que talvez mais tenha se aproximado (ou ficado menos longe?) do nível de dominância dos “super-pivôs”, Dwight Howard voltaria a colocar os “centers” no topo outra vez. Andrew Bogut – ficando na frente de Chris Paul, Deron Williams e Andrew Bynum – manteria a situação em 2005. Em 2006, Andrea Bargnani seria o “falso” representante dos homens de garrafão a ser escolhido em primeiro (pelas suas características, não dá para incluí-lo na lista, ok?). Em 2007, talvez a maior frustração da história do Draft. Greg Oden, que hoje luta para voltar a jogar, foi o primeiro não só devido ao tamanho, mas também à técnica que possuía, que não era nenhuma bizarrice aparecer antes de Kevin Durant. Seus joelhos privaram os fãs de apreciarem um belíssimo jogador.

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O pivô Dwight Howard manteve a tradição dos gigantes a serem pinçados como a 1ª seleção do Draft da NBA.

Depois de um hiato de 4 anos, Anthony Davis (esse ainda vai dar muito o que falar) foi escolhido na 1ª posição em 2012. Em 2013, Nerlens Noel só não foi o primeiro, devido a uma contusão que o alijou de quase metade do campeonato universitário.

Portanto, se o talentoso Embiid, que ainda nem decidiu se irá para o Draft, for a 1ª escolha só estará obedecendo a uma regra que já foi validada 2 vezes por Michael Jordan. A primeira em 1984, quando MJ foi escolhido na 3ª posição atrás de 2 ‘pirulões’ (Hakeem Olajuwon e Sam Bowie) e a outra em 2001, quando, como já mencionado acima, como presidente dos Wizards, decidiu apostar em uma estrela do basquete colegial (Brown) pelo potencial físico. Se o rei carimbou a lei, que os plebeus a usem.

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