Supercopa: Sem menosprezo – por Luciano Silva
Paulistinha, copinha, campeonatinho, é incrível como o próprio mundo do basquete tenta minar qualquer tipo de nova idéia. A Supercopa já é tratada assim. Tudo bem que são 8 times de São Paulo, por conta disso é óbvio que lembre o Campeonato Paulista, mas as pessoas que estão de fora não tem que criticar aquilo que nem começou.
O preconceito é um dos piores defeitos do ser humano. Atenção, não acho que a nova competição é maior maravilha do mundo. Mas o Campeonato Nacional da CBB não é nem de longe aquela competição equilibradíssima de 4 anos atrás e a Nossa Liga também deixou muito a desejar.
A Supercopa está aí, é organizada pelos clubes, tem o apoio da Federação Paulista e de um grupo de pessoas que desejam que pelo menos o basquete brasileiro ganhe novamente credibilidade. Se vai dar certo, só o futuro dirá.
O nível técnico da competição é muito bom. Coloco de cara pelo menos 3 times com chances de brigar pelo título: Franca, Limeira e Assis. Mas, cuidado, porque São José e Paulistano já mostraram no Paulista que podem dar trabalho. Araraquara e Pinheiros num primeiro momento estão num patamar mais baixo. Bauru, convidado de última hora para o lugar de Rio Claro, que decidiu disputar o Nacional da CBB, é uma incógnita.
O formato da Supercopa é simples, todos jogam contra todos em turno e returno, os 4 melhores se classificam para os playoffs. A novidade é o “double-game”, ou seja, quando uma equipe for atuar na casa do adversário, joga dois dias seguidos contra o mesmo. Assim, aumenta o número de partidas, porque cada time vai jogar 4 vezes contra cada um dos adversários.
A Supercopa começa na próxima quinta-feira e terá transmissão ao vivo da ESPN Brasil.
Aos críticos, aguardem, observem e depois opinem. Lembrem que o basquete brasileiro está perto do “nada” e que muitos erros vão acontecer. Só para começar vamos parar com os ataques e pensem que todos, repito, todos estão perdendo com isso.
Luciano Silva