Entrevista exclusiva: Demétrius, o técnico do novo Limeira
No sábado, em Uberlândia, durante o campeonato de enterradas do NBB 2, falei com Demétrius que além de assistir, se preparava para o confronto dos veteranos. Ele nos falou um pouco sobre a retomada do basquete limeirense, o planejamento e como se preparou para a função que vai exercer.
Depois de um ano fora, Limeira estará de volta ao basquete nacional. Ainda com Cássio Roque? O que mudou do ano passado para esse para que vocês pudessem voltar?
O Cássio sempre esteve no comando e na iniciativa da montagem da equipe de Limeira. Houve alguns problemas financeiros no ano passado quando não conseguimos contar com muita ajuda de empresas e tivemos de ficar afastados por um ano. Agora nós estamos voltando em cima de um projeto aprovado em Brasília de lei de incentivo e isso fortaleceu mais a nossa volta, com o Cássio tomando a frente disso e o pessoal da cidade ta super empolgado com essa volta.
E você como treinador?
Isso. Eu fico com o juvenil até o final do ano e aí assumo o adulto. Quando assumir, vou trazer um assistente para mim no profissional e ele vai ficar responsável pelo time juvenil.
Como você se preparou para isso?
Olha, eu já venho me preparando há anos. Quando jogava eu já tinha o perfil, mais como armador, de leitura de jogo, liderança, então eu vou tentar fazer um pouco do que eu fazia como jogador, agora como técnico. Fiquei um ano e meio como assistente técnico do Zanon e agora to tendo essa oportunidade. Estou estudando bastante, estive recentemente nos Estados Unidos pra dar uma estudada no basquete de lá, passei em alguns clubes aqui no Brasil fazendo treinamentos, clínicas. Então a gente acaba tendo que ter, não apenas o conhecimento de jogador, mas conhecimento como técnico pra gente sempre evoluir agora nessa nova carreira.
Seu estilo, como jogador, ficou marcado pela valorização da posse de bola, uma dedicação defensiva. Vai ser esse estilo que vai adotar também como treinador?
É, isso vai ser uma das características das defesas que eu dirigir: uma defesa forte. O basquete mundial pede por isso, trabalha pra isso. E a valorização, o jogador saber o momento certo de decidir, lógico que respeitando a liberdade, dando valor também a individualidade, mas medindo o momento certo da decisão e quanto mais você ficar com a bola e trabalhar com o companheiro, maior vai ser o retorno. Eu acho que a gente tem que aprender a jogar desse jeito, é um tipo europeu, jogo também da escola argentina, mas sem tirar a individualidade do jogador brasileiro.
Quem acompanha o trabalho que o Cássio Roque tem feito em Limeira sempre destaca a seriedade que tem em relação aos compromissos longo prazo, certo planejamento pra cumprir as questões de ordem, mas também sabe que ele não monta times que entram apenas pra participar. Já começou a montagem dessa equipe?
Eu tenho feito alguns contatos já nesse sentido, só que hoje, ainda é muito cedo pra falar. Agora a gente sabe que vai voltar, tá decidido. Agora, o time que vamos montar, vai depender de nossa arrecadação financeira. Mas acredito que já tem investimento entrando e que a gente vai poder montar um time que vai brigar por grandes posições.
Foto: CBB