Na sombra das estrelas, Hélio é o dono da bola
Depois de anos à sombra de Marcelinho e em repetidas finais que sempre se espera que vá reviver o principal duelo do basquete brasileiro do ala carioca contra o poderoso defensor Alex, o que pode se esperar de qualquer jogador coadjuvante em uma final de campeonato? Que trabalhe para que o principal astro apareça, certo?
Errado. O Flamengo jogou um basquete coletivo que pouco se preocupou em procurar o camisa 4 durante toda a partida de hoje. E o principal responsável por essa brilhante saída é o discreto Hélio, que surpreendeu em garantir não simplesmente os 27 pontos que lhe deram o badalado título de cestinha no duelo, mas principalmente o ritmo de jogo.
Ditando o que deveria ser feito com a bola, Hélio foi a principal arma ofensiva rubronegra. Passando ou finalizando, leu muito bem a defesa brasiliense, que só acordou no segundo tempo, tarde demais perante a uma larga diferença aberta ao longo do tempo inicial.
Explorasse menos a linha de fora, provavelmente o Flamengo não tomaria a virada que quase ameaçou o jogo. O time de Chupeta defendeu bem por boa parte do jogo e por isso domou as armas mais perigosas do Universo. Mas a vitória estaria bem distante não fosse o pouco badalado porém sempre efetivo armador rubronegro Hélio.
Com a atuação como o dono do jogo 1 desta final, Hélio coloca seu nome, definitivamente, na lista dos principais armadores do país. A série agora viaja à capital federal para os jogos 2 e 3, na promessa de enfim um piso digno para a prática esportiva no ginásio maior de Brasília. Será na sexta o segundo round.
Guilherme de Paula
guilhermetadeudepaula@gmail.com
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Foto: NBB