Transação de Paulinho Boracini vira polêmica
O segundo maior cestinha da última temporada no NBB virou centro e uma grande polêmica envolvendo 2 das mais importantes franquias da LNB: Paulistano e Joinville.
Isto porque, conforme amplamente noticiado na mídia, a equipe catarinense teria buscado em outros clubes reforços para uma excursão ao México, onde disputaria um torneio amistoso.
Entre esses jogadores, estavam Paulinho Boracini e Luis Felipe, que atuaram na última temporada pela equipe do Paulistano.
O curioso é que a própria equipe catarinense publicou em seu site um artigo em que parecia reconhecer a condição de “empréstimo”, preocupando-se em esclarecer que os jogadores seriam “devolvidos” a seu clube ao final do torneio amistoso. Confira o trecho:
“Com o grupo em montagem para a temporada 2010/11, a diretoria acertou o empréstimo de quatro atletas: os armadores Paulinho Boracini (Paulistano) e Gustavinho (Pinheiros), o ala/armador norte-americano Marvin Kilgore e o ala/pivô Luis Felipe (Paulistano).
Após a competição, Paulinho e Luis Felipe se reapresentam ao Paulistano. Os dois já acertaram a permanência na equipe da capital paulista. Segundo o diretor Luis Silva, o Luisão, Gustavinho e Marvin, que estava em Israel, serão observados durante as partidas na América do Norte”.
O fato é que hoje o diretor Jorge Bauab, do Paulistano, publicou no Basketbrasil uma contundente carta criticando uma suposta postura de aliciamento de jogadores. Coincidência ou não, poucas horas depois, o Joinville, através de seu twitter, anunciava a contratação do ala Paulinho Boracini.
Com a repercussão que acabou tomando o caso, a equipe catarinense publicou uma nota de esclarecimento do seu diretor Luis Silva. argumentando que Paulinho Boracini não tinha formalizado a sua contratação com o Paulistano.
Trata-se evidentemente de uma questão delicada. Afinal, ao contrário do futebol, as relações entre clubes e jogadores no basquete, até pela menor dimensão da modalidade no país, é movida muitas vezes mais pela confiança, do que exatamente por formalidades, sendo raras polêmicas como esta.
Sem conhecer todos os detalhes sobre o caso é impossível fazer um julgamento definitivo sobre o caso. É óbvio que a vontade do jogador deve sempre ser considerada, desde que respeitado o que foi acordado, verbalmente ou formalmente.
No entanto, é mesmo surpreendente ler uma matéria em que um clube afirmava estar tomando por empréstimo determinado jogador de outro clube e, no mês seguinte, ler que esse jogador não mais será “devolvido”.