Brasil e Uruguay no Rio Grande do Sul: Jogo 2
Brasil e Uruguay terminaram a pouco uma sequência de dois amistosos no Rio Grande do Sul. Na sexta-feira o Brasil havia vencido o conjunto uruguayo sem maiores problemas em Santa Cruz do Sul (72×50). A segunda partida foi realizado nesse sábado em Porto Alegre no tradicional ginásio do Tesourinha. Com uma presença de público razoável a seleção comandada por João Marcelo teve dificuldade para bater a desfalcada esquadra celeste (73×68).
O primeiro quarto de jogo foi idêntico ao da partida anterior (apesar dos diferentes nomes na seleção brasileira). Duda, Fiorotto e Murilo seguraram inicialmente o placar, afinal, Mauricio Aguiar e Bruno Fitipaldo começaram calibrados do perímetro. Imprimindo uma forte defesa pressão na bola a seleção brasileira finalmente conseguiu conter a ofensiva uruguaya e abrir vantagem (27×13). O segundo período também foi parecido com o da primeira partida. Muita batalha, defesa e pouco brilho. Mauricio Aguiar continuou carregando o ataque uruguayo e em alguns momentos fez os celestes esqueceram de mais uma partida sonolenta de Esteban Batista.
O começo de segundo tempo foi favorável ao Brasil que parecia não querer se complicar no duelo. Duda continuava anotando boas bolas de fora. A marcão pressão em Bruno Fitipaldo voltou a funcionar e por alguns momentos a diferença beirou a casa dos 20 pontos. Todavia, os comandados por Gerardo Jauri não se entregaram. O ótimo treinador parece ter visto que quando Izuibejeres ou Joaquín Osimani acompanhavam Mauricio Aguiar nas alas o time tinha lapsos daquela forte defesa que apresentou em Porto Rico (Copa América 2009). Parando os ataques brasileiros o time continuou numa mão única no ataque (Aguiar) e começou a tirar a diferença. Nos cinco minutos finais algumas infiltrações do próprio Aguiar e boas jogadas de Esteban Batista (enfim acordado e mostrando porque é um excelente jogador) cortaram a diferença para 4 pontos. Faltando 30 segundos a diferença marcava 5 pontos em favor do Brasil, entretanto, Bruno Fitipaldo perdeu o chute de três que cortaria a diferença para uma posse de bola. Fugindo da falta os brasileiros garantiram mais uma vitória (73×68) para comemoração do público porto-alegrense.
Mais uma vez a partida teve momentos de coletivo. Vale citar que os times estavam mais soltos hoje e o nível técnico foi superior ao primeiro duelo. Alguns fatores táticos já podem ser notados, principalmente a defesa pressão na bola (presente com sucesso nos dois jogos). Em relação aos jogadores individualmente, Duda foi o cestinha verde-amarelo hoje com 19 pontos. Murilo com 9 pontos e 9 rebotes foi mais uma vez muito bem. Também no garrafão o Brasil contou com outra noite sólida de JP Batista (12 pontos). Do lado uruguayo destaque para o incrível ala Mauricio Aguiar. O jogador que disputou a última temporada na Itália anotou 31 pontos. Bruno Fitipaldo melhorou em relação ao primeiro encontro e terminou o jogo com 12 pontos. Fitipaldo tem muito a evoluir e a partida de hoje mostrou porque recebe tanto apoio e confiança da comissão técnica celeste. Por fim, Esteba Batista computou 11 pontos hoje (7 no primeiro duelo). Em dois jogos o pivô teve médias de 9 pontos por jogo, muito pouco para um atleta do seu calibre. A melhoria do Uruguay passa também pela melhoria de Batista.
O Brasil em contrapartida caminha com qualidade para fazer um bom Sul-Americano. Murilo e JP Batista mostraram que são opções fortíssimas para o garrafão. Dedé, Duda, Fúlvio mostraram bons momentos no perímetro e Lucas Cipolini fez ótima partida em Santa Cruz do Sul. Mantendo a boa preparação o Brasil aparenta ter aprendido a lição no último Sul-Americano (Chile). Assim esperamos, afinal, sustos como aquele não condizem com a história da seleção nacional brasileira.
Raoni Moretto
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Foto: Raoni Moretto