Liga Sul-Americana começa em Franca

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Publicado em: 21/10/2010

Passado o Mundial e a temporada completa de seleções, inicia-se o calendário do basquete clubístico ao redor do globo. Se no Brasil ainda não tivemos o começo do NBB, temos a chance de ver as melhores equipes do continente em ação pela Liga Sul-Americana. A competição começa hoje com o grupo sediado em Franca. Nessa chave A estão quatro times que buscam uma vaga ao Final Four. Além dos donos da casa (Franca), Boca Juniors (Argentina), Biguá (Uruguai) e Mavort (Equador) são as equipes participantes.

Dos quatro times, três possuem chances reais de classificação. Apenas o Mavort deve vir a passeio pro Brasil.

Franca: Sede e favorita. Os francanos estão com tudo na mão para avançar, afinal, além de sediarem o evento possuem um grande elenco. Márcio Dornelles, Rogério, Hélinho, Fernando Penna, Ricardo Probst, Benite, Dedé, Maurice Spillers e Chas McFarland formam com certeza um dos melhores elencos do continente. Ainda sem o ritmo de jogo que o Biguá por exemplo tem, os francanos tem o Pedrocão como excelente arma. A união entre elenco forte e torcida pode trazer ótimos frutos aos paulistas nesse grupo A.

Biguá: Os uruguaios do Biguá chegam com moral ao Brasil. Em 15 jogos da LUB, venceram 13 e bateram diversos recordes de melhor arrancada numa competição nacional do Uruguai. Com um elenco menor que o de Franca, os uruguaios apostam na experiência e rodagem internacional de seus atletas para surpreender. Os destaques são claramente Emilio Taboada (ala pontuador com inúmeros anos de seleção uruguaia) e os dois pivôs estrangeiros (Nick Billings e Elgrace Wilborn). Billings sempre foi ótimo reboteiro no campeonato doméstico e Wilborn vem de duas competições como destaque estrangeiro (no primeiro semestre foi destaque da Série B uruguaia e agora é o nome do garrafão do Biguá na LUB). Além deles, Juan Cambón e Juan Rovira completam o quinteto inicial dando experiência e ótima condução ao time. Rovira e Cambón por sinal são remanescentes daquele ótimo time do Biguá que foi campeão sul-americano de clubes campeões e finalista da Liga das Américas. Completam o elenco os jovens e promissores Ivan Loriente e Matiás Calfani, além de Gonzalo Meira e Santiago Vidal. Loriente e Calfani são destaques das seleções de base do Uruguai e já integraram o grupo principal da seleção nacional no Sul-Americano desse ano.

Boca Juniors: Os argentinos do Boca Juniors chegam ainda em processo de montagem de elenco ao Brasil. Matías Sandes foi contratado mas ainda nem treinou com o time por causa de uma lesão. O terceiro jogador estrangeiro (um pivô) também está em processo de fechamento de contrato e não jogará a Liga Sul-Americana em Franca. Com esses dois problemas, resta ao bom, porém, pequeno elenco argentino buscar a classificação. Fernando Titarelli e Nelson Ingles são os armadores de bom nível que o time precisa, Cedric Moodie o estrangeiro pontuador e Sebastián Vega o jogador de nível de seleção que pode fazer a diferença. O problema do Boca é que as certezas param por aí. Dos três pivôs que devem ter tempo de jogo em Franca (Scott Cutley, Mariano Fierro e Fernando Martina) nenhum convence. Cutley por sinal é um ala-pivô baixo para os padrões internacionais (1,96m). O jogador destaque do Central de Gualeguaychú na última Liga Argentina foi contratado para resolver o problema do garrafão mas ainda não conseguiu mostrar sua qualidade. É esse buraco no garrafão (que só deve ser resolvido com a contratação do terceiro jogador estrangeiro) que compromete o time argentino. Passando por cima disso pode se dar bem, entretanto, deve enfrentar problemas por conta da tardia montagem do plantel.

Mavort: Mesmo sem chances de classificação é sempre bom ver times de países com pouca tradição presentes. Talvez o Mavort não consiga igualar as forças em nenhum momento, entretanto, a sua participação em uma competição internacional, aliada por exemplo com a volta da seleção nacional ao cenário continental no Sul-Americano passado dá um certo alento ao basquete equatoriano. Para evoluir é preciso jogar e dar a cara ao tapa. Mesmo sendo o saco de pancadas, é fato de que os equatorianos saírão de Franca com uma experiência fundamental para o crescimento do basquete de seu país.

Raoni Moretto
raokiller@hotmail.com

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