Dallas Mavericks x Portland Trail Blazers
OESTE
Playoffs 2010/201
1ª Rodada
3º – Dallas Mavericks x Portland Trail Blazers – 6º
Dallas é o caso mais estranho de toda NBA. Desde a temporada 2000/2001, a franquia saiu por completo do limbo que viveu nos anos 90 e não sabe, desde então, o que fazer uma campanha com menos de 50 vitórias na NBA, porém, nunca conviveu bem com o favoritismo que todo este sucesso proporciona
Se formos contar, são 11 temporadas entre os times mais fortes da NBA, entra ano e sai ano e entre os vários fatores que poderiam explicar este feito, um em especial não podemos deixar de citar: Dirk Nowitizki.
O alemão é simplesmente um dos maiores jogadores de basquetebol que já vimos por aí. Prestes à completar 33 anos (nasceu em 19 de junho de 1978, em Wurzburg), Dirk sabe que os anos como protagonista da equipe do Dallas estão acabando. Porém, como o caso de muitos outros gênios do basquetebol, o alemão simplesmente se recusa à entregar os pontos e à jogar mal. Impressiona a vontade, a raça, o carisma e a qualidade técnica absurda deste ala/pivô.
O líder do Dallas teve em 2006, a grande chance de vencer o título da NBA, porém a derrota para o Miami Heat, ainda é lembrança recorrente para os texanos, uma vez que as feridas daquela queda parecem nunca terem sido superadas.
Nesta temporada, mais uma vez, o Dallas chega como protagonista e jogando um basquetebol competente, de alto nível e com um elenco versátil e cheio de veteranos úteis e de qualidade. Tyson Chandler deu ao Dallas uma nova alma na defesa e comandou brilhantemente as rotações defensivas, por vezes, utilizada zona ao invés de individual. Além dele, Caron Butler vinha encontrando seu melhor basquetebol, quando lesionou o joelho, no primeiro dia do ano de 2011 e desde então luta para retornar para os playoffs, ou seja, realizar um milagre de dedicação para estar apto. Jason Kidd, Jason Terry, Shawn Marion, Brendan Haywood e Peja Stojakovic são os outros veteranos que tentarão ajudar Dirk no sonho do títlo da NBA. Vale lembrar que nenhum destes atletas tem seu anel de campeão, logo, o tempo para conseguir estar esgotando e isso pode ser o algo mais que Dallas precisa, aquele motivo para deixar acesso todos no ginásio e claro, motivo mais do que suficiente para deixar os adversários preocupados .
A força ofensiva do Dallas sempre foi a primeira lembrança de todos, desde a época de Steve Nash, Michael Finley e cia, até os dias atuais. Porém, o grande diferencial dessa vez parece ser a defesa, que o técnico Carlisle conseguiu ajeitar. Dessa forma, o Portland terá problemas para trabalhar a bola e concluir, mas parece que o time do Oregon foi a pior equipe para alguém enfrentar, logo de cara, na primeira rodada dos playoffs.
O duelo entre Dirk e LaMarcus. Dallas x Portland. Duelo da melhor qualidade e possível melhor
série do Oeste na primeira rodada dos playoffs.
O Portland parece que se acostumou a conviver com lesões e problemas médicos, de todos os tipos, que surgem a cada temporada. Primeiro o pivô Greg Oden, depois o ala/armador Brandon Roy. Bem, se não bastasse as lesões graves de ambos, sendo que o primeiro só retorna para a próxima temporada e o segundo ainda está fora das melhores condições físicas, o time conviveu com Marcus Camby lesionado por muitos jogos. Quando ninguém esperava, a equipe conseguiu o talentoso e versátil Gerald Wallace para compor o grupo e ajudar ainda mais o time a se estabilizar diante de tantos problemas.
Talvez Portland tnha um dos melhores elencos da NBA porém todos temiam que na falta de Brandon Roy não aparecesse ninguém capaz de levar o time nos momentos delicados dos jogos. E aí entrou LaMarcus Aldridge em ação. Com confiança do técnico Nate McMillan e dos companheiros em quadra, o ala/pivô teve a bola nos momentos decisivos e não decepcionou. No momento mais crítico da temporada do Blazers, quando as lesões eram diárias, LaMarcus registrou 25 pontos por jogo e 10 rebotes, nos 14 jogos de janeiro e aumentou as médias para 29 pontos por jogo e 9 rebotes, nos doze jogos de fevereiro e foi considerado, não somente o jogador do mês da Conferência Oeste, como também o motivo pelo qual o Blazers ficou vivo na temporada. O time ainda contou com uma temporada acima da média do armador Andre Miller e das atuações muito boas, porém inconstantes, da dupla Nicolas Batum e Wes Matthews.
Por todos os problemas vividos e superados, pensar que Portland será um adversário fácil ou somente um passatempo para o Dallas não é correto, tão pouco justo por tudo que o time fez até aqui. Com um basquetebol sólido na defesa e um dos ataque dos mais bem trabalhados na liga, Blazers dará trabalho. Ao Dallas, resta ter paciência e não deixar o Blazers se sentir à vontade nos jogos. Como a pressão está mais no Texas do que em Oregon, é bem provável que nesta série, ser o favorito seja um peso complicado para levar nas costas e ser o franco atirador seja a melhor opção para aliviar a pressão dos resultados.
O que vier é lucro para Portland, mas para Dallas, cair na primeira rodada seria um resultado lastimável, principalmente após a inesperada derrota para o Golden State Warriors em 2007 na primeira rodada dos playoffs, que até hoje parece mexer com a franquia.
Quinteto Inicial do Dallas: Jason Kidd, Rodrigue Beabouis, Shawn Marion, Dirk Nowitzki e Tyson Chandler.
Principais Reservas: Jason Terry, Brandan Haywood, Peja Stojakovic, JJ Barea,
Técnico: Rick Carslile
Quinteto Inicial do Portland: Andre Miller, Wes Matthews, Nicolas Batum, Gerald Wallace e LaMarcus Aldridge.
Principais Reservas: Brandon Roy, Marcus Camby, Patrick Mills e Rudy Fernandez.
Técnico: Nate McMillan