Em sua pior partida, Brasil perde para a Austrália
A seleção brasileira encerrou a sua participação no Torneio de Acrópolis com uma derrota para a Austrália, 89 x 84.
Muito embora a seleção tenha desperdiçado a chance de empatar o jogo nos segundos finais, foi uma exibição para ser esquecida.
Com os jogadores brasileiros comentendo uma série de erros de passes, o placar só não foi mais dilatado porque a seleção australiana também errou bastante e possui um elenco bem limitado.
A seleção não conseguiu conter os arremessos do perímetro do lento pivô Chris Anstey (ex-Dallas Mavericks e Chicago Bulls), o que é muito preocupante, considerando-se que provavelmente enfrentaremos a Alemanha (leia-se Dirk Nowitzki) na segunda fase do Torneio Pré-Olímpico.
Na maior parte do tempo, os brasileiros pareciam dispersos na partida, possibilitando infindáveis rebotes ofensivos e cestas fáceis.
Marcelinho Huertas alternou momentos de genialidade na execução das jogadas ofensivas com erros infantis, forçando e enfeitando passes.
Marcelo Machado estava num daqueles dias em que a mão estava quente, embora muitas de suas cestas tenham se originado de arremessos forçados, justamente o que queremos evitar no Pré.
Alex protagonizou o lance mais espetacular da participação brasileira em Acrópolis, enterrando uma bola sem muito espaço para impulsão e com uma mão do adversário no ombro, falta e cesta. A sua atuação só não foi perfeita porque tambémforçou inúmeros passes e arremessos possibilitando contra-ataques dos australianos.
Tiago Splitter foi bem, mas não tanto quanto nas duas exibições anteriores. No fim, parecia bastante cansado e não conseguiu ser tão decisivona defesa.
Além de Splitter, no garrafão JP Batista e Baby tiveram atuações regulares. Murilo, por outro lado, teve uma péssima atuação. Aliás, é incrível que Ricardo Probst ainda não tenhaganhado mais tempo em quadra em seu lugar.
Jonathan Tavernari esteve num dia muito ruim e nada acertou. Fúlvio foi o maior responsável pelos piores minutos da seleção brasileira na partida.
No fim das contas, a última exibição brasileira antes do Torneio Pré-Olímpico serviu um pouco para colocarmos os pés no chão. Apesar da nítida melhora nos aspectos táticos, principalmente na movimentação ofensiva, a verdade é que temos um elenco muito limitado.
Para vencermos os nossos principais adversários no Pré-Olímpico, precisaremos estar num dia inspirado e, principalmente, não podemos cometer nem a metade dos erros infantis dessa partida contra a Austrália.
Ainda assim, merece destaque e dá moral o fato de o Brasil ter terminado o Torneio de Acrópolis em segundo lugar (ok, empatado com Croácia e Austrália, levando vantagem no saldo de pontos). Uma participação, sem dúvidas, acima da expectativa.