10 reflexões para a vitória. Por: Prof. Ms. José Marinho
Eu sei que pode parecer pretensioso da minha parte estabelecer qualquer linha de conduta mais criteriosa para enfrentar a Alemanha após observar apenas um jogo de nosso futuro adversário. Como a necessidade é mãe da invenção e nossa situação não é bem de necessidade, mas sim de desespero, lá vai minha petulante contribuição:
1. Existe uma frase emblemática de Pat Summitt: “Ataque vende ingressos, defesa ganha jogo. Rebotes ganham campeonatos”.. Portanto, vamos garantir nosso rebote!!!
2. Uma proposta de defesa interessante é o “dois em um (dobra)” no Nowitzki. Eu penso que esta estratégia deva partir do lado da bola e a defesa deva rodar para o lado oposto se for o caso. Não acho interessante a dobra do pivô do lado oposto, pois enfraquecerá o garrafão e o rebote.
3. O ataque pode tentar o “pick ´n roll” do lado do Nowitzki para forçar suas faltas. Além disto, ele não é nenhum Ben Wallace…
4. O Nowitzki terá que ser competente para fazer seus pontos (e o pior é que ele é…). Portanto, sem falta no seu 1x 1! Num jogo difícil como será este, não se deve dar ponto de graça para o oponente e, muito menos, pendurar nossos principais jogadores.
5. Nosso banco precisa agüentar o tranco!
6. Precisamos saber administrar os maus momentos. A defesa deles merece muito respeito. Suaremos sangue para pontuar.
7. Ainda nesta linha. Podemos aproveitar o excesso de trocas da defesa germânica. Um bom giro de pivô no “pick ´n roll” ou no bloqueio no poste baixo e o 1×1 contra um jogador mais alto precisam ser explorados. Não podemos, por outro lado, sair do padrão em qualquer suposta situação de desequilíbrio que apareça.
8. Os alas e armadores deles (exceto, talvez, o Roller) são mais perigosos infiltrando que arremessando. Desta maneira, devemos recuperar nossa defesa sempre com o peso do corpo na perna de trás.
9. Ter atenção com o Nowitzki na transição. Ele faz muitas cestas antes da defesa se postar.
10. Apesar de toda a incompetência, desmandos e descasos reinantes. Pelo nosso passado, pelas pessoas abnegadas do meio e por todos nós torcedores, um pouco de sorte não é pedir muito…
Dito isto tudo. Espero ter dado minha humilde contribuição, pelo menos para servir de reflexão para nossos leitores, pois não tenho a pretensão de ir mais adiante. Só não me perguntem quem vai marcar o Nowitzki? Não creio que tenhamos um jogador capaz disso. O esquema defensivo deverá atuar como um todo, sem se esquecer que existem mais quatro jogadores ao lado dele… E no ataque, pelo amor de Deus, padrão e coletividade.
Prof. José Marinho, mestre em Educação Física pela UFRJ, já foi colunista do Lance! e é responsável pelo site www.bbheart.com.br. Desde o ano passado é colaborador do DraftBrasil.