Mais 4 anos? Que tal começar a trabalhar desde já?
A seleção brasileira foi derrotada categoricamente pelos alemães.
Em quadra, os problemas foram muitos, mas não houve qualquer novidade: bom início; apagão emocional diante da primeira adversidade; vantagem ampliada na mesma proporção dos erros forçados; substituições mal feitas; e fim da partida.
Depois, quando a fatura já estava aniquilada, a mente voltou ao lugar, enquanto a Alemanha já relaxava, e o Brasil conseguiu, ao menos, terminar a partida com certa dignidade.
Não há muito o que falar sobre as atuações individuais. Todos erraram e perderam juntos, incluindo o técnico.
Infelizmente, o que aconteceu em quadra é puro reflexo do que ocorre fora dela.
Não temos uma liga decente, não temos trabalho de base e, enfim, vivemos de talentos individuais que pipocam por um acaso, muito mais em razão do tamanho da nossa população do que exatamente por conta de algum trabalho que venha sendo desenvolvidos.
Com a dispensa das “estrelas”, que em geral é um problema comum de todos os países, os jogadores brasileiros que sobram para um Torneio importante como um Pré-Olímpico são fraquíssimos. Alguns seriam questionáveis num Sul-Americano.
Não adianta implementar um novo sistema de jogo, se a equipe é incapaz de acertar um arremesso de 3 pontos em partidas decisivas. Não adianta tentar o passe, se as chances dele chegar às mãos dos adversários são enormes, não adianta tentar infiltrar, se o toco é o que se espera.
Precisamos de mais material humano, pois só assim poderemos escolher aquelas opções realmente melhores. Fora isso, precisamos de mais tempo para implementar o nosso sistema de jogo e não apenas trazer um estrangeiro para um estágio de um mês no Brasil.
O basquete brasileiro morreu. Hoje, talvez o pólo-aquático ou o handball sejam esportes mais promissores em termos de resultados. Resta saber se vamos enterrá-lo de vez ou se vamos tentar ressucitá-lo.
Daqui a 4 anos haverá Jogos Olímpicos em Londres. Nós vamos trabalhar ou continuar torcendo por algum milagre?