Especial Olimpíadas: Grupo B

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Publicado em: 25/07/2012

Dando sequência nas análises das equipes presentes nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, dessa vez o enfoque será nas equipes do Grupo B.

Austrália:

O selecionado australiano vai a Londres com o intuito de reverter um temeroso paradigma que vem assolando a equipe ao longo dos anos. Apesar da longa tradição no basquete e sua constante presença nas principais competições mundiais, a Austrália vem nos últimos tempos perdendo o protagonismo e a condição de disputa com as grandes seleções ao redor do globo e assumindo um papel secundário. Com uma característica bastante diferente de outrora, a equipe comanda por Brett Brown teve que readequar o estilo de sua equipe, que tinha como  característica o forte jogo de garrafão principalmente com Bogut (fora das Olimpíadas por lesão), Andersen, Maric e Nielsen, para um jogo mais rápido e externo, se aproveitando da velocidade de seu jovem armador Patrick Mills e o perigoso Joe Ingles. E com um perímetro ainda não experimentado em competições deste nível, a Austrália tentará, muito mais do que aspirar uma medalha, reconsolidar seu jogo em outros pilares que não os dos homens grandes que tão bem serviram seu país ao longo dos anos e os levaram a três semifinais olímpicas.

Brasil:

Voltando aos Jogos Olímpicos após 16 anos, a seleção brasileira chega a Londres buscando se consolidar como uma das principais forças do basquete mundial. E, com um poderoso elenco que pela primeira vez chega completo e disposto para uma competição deste porte, a equipe comandada pelo campeão olímpico Rúben Magnano possui uma perigosa combinação de jogo interno/externo que promete causar muitos problemas aos adversários. Mas mesmo possuindo jogadores do quilate de Nenê Hilário, Leandrinho Barbosa e Anderson Varejão, o principal nome e destaque dessa geração é o armador Marcelinho Huertas, responsável por orquestrar e conduzir a equipe em busca da tão sonhada medalha. Mas como nem tudo são flores a equipe, que não tem nenhuma experiência em jogos Olímpicos, demonstrou depender em demasia de seu armador durante os amistosos preparatórios e os excessos nos arremessos de três pontos pode vir a complicar a equipe em Londres. Entretanto, essa geração que com muito suor e merecimento chegou aos Jogos Olímpicos tem totais condições de sair do limbo direto para o pódio olímpico.

China:

A China chega a Londres buscando se reencontrar após a triste aposentadoria aos 30 anos do maior símbolo do esporte naquele país, o gigante Yao Ming. Mas não se pode desconsiderar a força de um país que vai para a disputa de sua oitava olimpíada consecutiva. Se a potência interior do time chinês não é a mesma de outrora, o time comandado pelo americano Bob Donewald conta com perigosos arremessadores de longa distância e um time com média de estatura bastante elevada. Entretanto, a falta de um líder na equipe (será que Yi Jianlian conseguirá preencher essa lacuna?) deverá pesar e a China deverá ter enormes dificuldades para repetir os resultados obtidos em Olimpíadas nos últimos 10 anos, quando avançava na fase de grupos aos trancos e barrancos para ser eliminado logo em seguida. O trabalho de reformulação do time Chinês está sendo feito e a equipe que vai à Londres é uma espécie de entressafra no basquete do país. Nestes jogos eles não devem assustar, mas vale a pena ficar de olho em alguns nomes desse time para 2016.

Espanha:

A seleção da Espanha é a atual bicampeã europeia e é apontada como sendo a segunda melhor seleção do torneio em termos de talento disponível em seu elenco. O time apresenta uma base que vem jogando junta há mais de cinco anos e tem tido sucesso em todos os últimos campeonatos em que participou. Comandada pelo bem sucedido técnico italiano Sergio Scariolo, a Espanha apresenta um jogo muito forte na transição, mas também suficiente competência pra assumir um jogo de meia quadra. O time costuma, ainda, utilizar-se bastante do arremesso de três pontos. Joga com uma combinação de alas mais baixa e bastante rápida, rodando jogadores como Juan Carlos Navarro, Rudy Fernandez, Sérgio Llul, San Emeterio e Victor Sada. Isso contrastando com um garrafão grande e tecnicamente muito bom, composto por Pau Gasol, Marc Gasol, Serge Ibaka e Felipe Reyes. A armação fica bem entregue a José Calderón, um armador inteligente e com ótima visão de quadra, tendo em Sergio Rodriguez um contraponto interessante, que pode vir do banco agregando mais velocidade e jogo agressivo em direção à cesta. O quinteto inicial deve ser composto por: José Calderón, Juan Carlos Navarro, Rudy Fernandez, Pau Gasol e Marc Gasol.

Grã-Bretanha:

O caso do selecionado britânico é bastante curioso: até Londres ser nomeada como a sede dos jogos Olímpicos de 2012 a Grã-Bretanha sequer possuía um selecionado de basquete. Somente a partir de 2006 foi lançado o projeto da equipe que com ousadia se classificou para os Eurobasket de 2009 e 2011, convencendo a FIBA de que possuía as condições necessárias parece receber o convite para participar do torneio Olímpico como anfitriã. E a seleção que representará todo o território britânico (Escócia, Inglaterra e País de Gales) terá como principal meta nos jogos a de consolidar o basquete em um país que, embora possua bons jogadores, não possui tradição e familiaridade do esporte da bola laranja. O treinador Chris Finch deposita suas fichas no talentoso ala Luol Deng  e o jogo interior bastante forte de Joel Freeland e Pops Mensah-Bonsu para surpreender nos jogos. Contudo, a debilidade no perímetro (muito por conta da ausência de Ben Gordon) e a falta de opções confiáveis na rotação e no banco de reserva devem pesar contra a equipe que terá de se sobressair para fazer jus ao papel de anfitrião em Londres.

Rússia:

A Rússia, classificada pelo Pré-Olímpico da Venezuela, é considerada por muitos como a terceira principal força do basquete nessas Olimpíadas, atrás apenas de Estados Unidos e Espanha. De fato, trata-se de uma seleção muito difícil de ser batida e que possui jogadores muito altos (como o armador Anton Ponkrashov, de dois metros de altura), além de ser um time que tem por preferência o jogo de meia quadra. Além disso, a equipe de David Blatt conta com um grande jogador, o ala Andrei Kirilenko, com ótima passagem pela NBA e é responsável por boa parte das ações da equipe em quadra. Grande defensor, o AK-47 também é conhecido por ser um jogador muito versátil, tendo sido inclusive, durante o último Pré-Olímpico, o principal cestinha, reboteiro e segundo melhor passador da Rússia no torneio. Outro jogador que pode fazer a diferença é Alexey Shved. Recém-contratado pelo Minnesota Timberwolves, ele é o principal jogador de perímetro do selecionado russo, que se contabiliza pelo garrafão forte alto com os gigantes Timofey Mozgov e Sasha Kaun. Ainda no perímetro, olho nos jogadores que possuem bom aproveitamento de 3 pontos como Vitaliy Fridzon e Sergey Monya. Provável quinteto: Anton Ponkrashov, Alexey Shved, Andrei Kirilenko, Viktor Khryapa, Sasha Kaun.

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