Brasil conhece seus adversários no Pré-Olímpico, por Prof. José Marinho

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Publicado em: 10/02/2008

Definidos os grupos do Pré-Olímpico Mundial Masculino que definirá as últimas três vagas para os Jogos de Pequim:

Grupo A: Brasil, Grécia e Líbano

Grupo B: Alemanha, Cabo Verde e Nova Zelândia

Grupo C: Coréia, Eslovênia e Canadá

Grupo D: Camarões, Croácia e Porto Rico

De acordo com o regulamento, na primeira fase, as 12 seleções se enfrentam nos seus respectivos grupos. As duas primeiras colocadas de cada chave se classificam para as quartas-de-final nos seguintes confrontos: A1 x B2, B1 x A2, C1 x D2 e D1 x C2. Os vencedores das quartas-de-final disputam a semifinal. Os ganhadores da semifinal estarão classificados para a Olimpíada de Pequim, enquanto os perdedores se enfrentam para definir a terceira e última vaga. (Fonte: CBB)

Opinião Prof. José Marinho:

O Brasil está no grupo dos donos da casa, a Grécia. O que num primeiro momento poderia parecer desfavorável, se torna interessante, pois só cruzaremos de novo com eles no final (final ou decisão de 3º lugar). É claro, partindo do pressuposto que venceremos o Líbano. Nosso adversário nas 4as de final será provavelmente a Alemanha. Das equipes européias, Nowitzki e cia é, com certeza, a menos forte. Para começar, no Pré-Olímpico Europeu, o astro dos Mavericks (NBA) levou o time nas costas com médias de 24 pontos e nove rebotes por jogo. O segundo cestinha tem média de apenas oito pontos e o time fez somente 70 pontos por jogo (antepenúltima marca do torneio). Se estivermos completos, tanto o Varejão quanto o Splitter serão excelentes opções para a defesa sobre Nowitzki. Além disto, temos extrema dificuldade quando jogamos contra armadores habilidosos, que decididamente, não é o caso da Alemanha. Poderemos praticar uma defesa mais conservadora e nos concentrarmos nos rebotes (os germânicos foram os segundo melhores nesta estatística no Europeu), pois a artilharia de longa distancia de nossos rivais não é assim tão poderosa. Precisaremos fugir da cadência do time alemão através de um jogo de transição estruturado (e consciente) e, é claro, demonstrar mais opções táticas ofensivas. Vencido este desafio, estaremos a um passo de Pequim, quer seja vencendo a semifinal ou a decisão de 3º e 4º lugares. Na semifinal deveremos encontrar a Croácia. Trata-se de um time irregular com talento suficiente para bater a Espanha num dia e perder para Letônia ou Israel no dia seguinte. Destacam-se o Pivô Mario Kasun (ex-Orlando Magic), Zoran Planinic (ex-New Jersey) e o armador Marko Popovic, isto se Gordan Giricek (Philadelphia) não aceitar a convocação. No Pré-Olímpico, a equipe fugiu seguidamente do padrão de jogo conceitual europeu, se excedendo nos arremessos precipitados na transição e queimando alguns tiros desequilibrados. Quando dá tudo certo, se torna muito difícil batê-los, mas do contrário, abre-se uma porta interessante para os contra-ataques. Precisaremos ter muita atenção nos rebotes, pois seus pivôs vão forte na tábua ofensiva.

“No frigir dos ovos”, o sorteio foi bastante razoável para nós. Se temos chance, a resposta é sim. Sim, porque temos talento em algumas posições, embora nos falte um armador confiável. Sim, porque o fato novo de um técnico estrangeiro sempre poderá ocasionar motivação. Sim, porque o sorteio não foi ruim. Sim, porque temos o dever de acreditar, pelo bem de nosso basquete. Só nos resta torcer para que o novo treinador seja abastecido de informações fidedignas e que a CBB não o atrapalhe…

Prof. José Marinho, mestre em Educação Física pela UFRJ, já foi colunista do Lance! e é responsável pelo site www.bbheart.com.br. Desde o ano passado é colaborador do DraftBrasil.

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