A prévia: Espanha x Grécia

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Publicado em: 3/09/2010

Rubio e Diamantidis, dois dos astros que estarão em quadra

Juntamente com Brasil x Argentina esse é o duelo mais esperado das oitavas-de-final. Espanhóis e gregos decidiram o Mundial em 2006 e nesse sábado jogarão pela primeira fase eliminatória. De fato não é o melhor momento de nenhuma das seleções, afinal, os atuais campeões foram derrotados duas vezes na fase de classificação (vs França e vs Lituânia) e só ficaram com a segunda colocação no grupo D por conta da derrota da França para a Nova Zelândia. Os gregos por sua vez estiveram muito abaixo do esperado. Vice-campeões em 2006, também perderam dois jogos no grupo C (vs Turquia e vs Rússia), porém, também não convenceram nas vitórias (placares apertados vs China e vs Porto Rico).

A Espanha entrou no Mundial como clara favorita ao lado dos Estados Unidos. Mesmo sem Pau Gasol e José Calderón, valores como Juan Carlos Navarro, Ricky Rubio, Marc Gasol, Jorge Garbajosa, Rudy Fernandez e Felipe Reyes garantiam o status de potência para os atuais campeões. Porém, logo na estréia a derrota para a França colocou a interrogação no ar. Será que a Espanha é a mesma sem P.Gasol e Calderón? Com uma vantagem de 18 pontos contra a Lituânia parecia que a resposta era sim, entretanto, uma virada histórica abalou mais ainda as estruturas e os espanhóis não são mais garantia de nada. Os ótimos valores individuais continuam, todavia, há inúmeras dúvidas com relação ao time. Primeiramente há um pequeno problema na armação, afinal, Rubio é muito jovem e parece não ter companhia na função. Raul Lopez chegou de última hora e Sergio Llull não está rendendo o esperado. Navarro, Rudy Fernandez e Marc Gasol são os líderes ofensivos do time, entretanto, parece que a Espanha perdeu o controle das ações. O time campeão Mundial em 2006 e vice nas Olimpíadas 2008 tinha total controle sobre o jogo, tanto ofensivamente quanto defensivamente. Isso desapareceu. Na derrota contra a Lituânia o time provou a tese ao se descontrolar tanto no ataque quanto na defesa. Retomar esse controle pode ser fator fundamental para os atuais campeões voltarem ao nível esperado e não se tornarem uma grande decepção, afinal, nos momentos ruins o time pareceu um verdadeiro bando.

Do outro lado está a Grécia, sempre candidata ao pódio. Com nomes como Vassilis Spanoulis, Dimitris Diamantidis, Nikos Zisis, Sofoklis Schortsanitis e Ioannis Boroussis, os gregos são famosos por serem mortais além de exímos defensores. A realidade é que o time é muito forte, entretanto, sente a ausência de Theo Papaloukas. O armador sempre ditou o ritmo das coisas na equipe e parece que a seleção ainda não absorveu bem a sua falta. Spanoulis sempre foi um armador pontuador, Papaloukas o distribuidor. A ausência desse distribuidor é tão evidente que o líder em assistências é Diamantidis (4.2), muito acima de Spanoulis (armador principal e que tem médias de 2.2 assistências por jogo). Individualmente os gregos são ótimos; dominam todos os fundamentos do jogo, podem marcar uma pressão quase perfeita e atacam com qualidade. Falta agora a consolidação de um time. Com um jogo coletivo aprimorado os gregos podem avançar e embalar na competição.

A verdade é que ambos os times possuem grandes jogadores, porém não mostraram até aqui grandes valores coletivos. Uma grande atuação de um desses astros pode decidir o duelo de oitavas-de-final, entretanto, a tendência é que o time que conseguir gerar jogo coletivo de qualidade vença e continue em busca de mais uma final.

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