Análise da lista dos doze da seleção para os Jogos da Lusofonia
A CBB divulgou ontem a lista dos doze que vão disputar os Jogos da Lusofonia (Olimpíadas da Língua Portuguesa) que acontecerá em Lisboa, de 14 a 19 de julho. Antes disso, uma rápida passagem por Almada para disputar um torneio que contará com Finlândia, Portugal e Angola, nos dias 10, 11 e 12. No início de agosto haverá também o tradicional Super 4, na Argentina. Resta saber se será esse o grupo que representará o Brasil lá.
Daquela gigantesca convocação, restaram 12. Os cortes foram menos dolorosos do que se esperava. Jordan e Raulzinho foram cortados antes – o que nos leva a crer que foram chamados apenas para ganhar experiência, como faz a seleção espanhola com frequência. Se for esse mesmo o motivo, deveria ter sido avisado antes, como a própria FEB faz.
Com a não apresentação de alguns da primeira lista, como Hátila Passos, Baby, Marcus Toledo e Jhonatan Luz de corte, corte mesmo, só os de Murilo e Mineiro, certo? Não exatamente, porque se especula que Murilo tenha sido cortado para poupá-lo já para a seleção principal (mesmo caso, aliás, do pivô Baby).
Dito isso, a lista de Moncho ficou assim:
Segundo apuramos, o time que deve começar será formado por Fúlvio (ou Duda), Jonathan Tavernari, Guilherme Teichmann, Lucas Cipolini e Paulão Prestes.Vejam bem: não é nossa opinião, é a informação que temos.
Na armação, o maior problema. Se Fúlvio está muito longe de ser unanimidade (como a pesquisa no nosso site mostra), o que dizer de Duda? O jogador nem sequer tem as características para a posição 1, para qual vem sendo preparado. Sobre Vitor Benite também paira desconfiança, já que também não é exatamente um passador. O fato de termos para a mesma posição três jogadores tão diferentes poderia ser positivo, se algum deles pudesse ser caracterizado como um armador passador. Nenhum o é. Devemos temer!
Para a 2 (podendo, também, jogar na 3, se a opção de Moncho for usar jogadores mais rápidos e com melhor condução de bola), Dedé, Betinho e J. Tavernari brigam por posição naquela que considero a mais promissora em opções.
Caso Moncho queira usar uma formação mais alta, resta para a posição 3 as opções de Teichmann (que vem treinando primordialmente como um ala) e Jefferson. O primeiro defende muito melhor, enquanto o segundo leva grande vantagem pelo repertório ofensivo. Moncho tem preferido o primeiro.
No garrafão, Paulão parece ser a única unanimidade. O treinador espanhol o elogiou em praticamente todas entrevistas que deu. Restam para a rotação Olivinha, Cipolini e Fiorotto. Sai na frente Cipolini, jogador que pouco sabemos sobre.
O que Moncho já garantiu, também, é que o time passará por bastante experiências e substituições, já que os torneios que jogará não são exatamente para vencer ou medir a força da seleção, mas para avaliar jogadores que possam contribuir na seleção principal que terá o real desafio no próximo mês, na Copa América.
A lista final que realmente importa
Para esta, Huertas, Marcelinho, Leandrinho, Giovannoni, Splitter, Alex e Varejão são presenças certas. JP Batista, Murilo e Baby tem vagas praticamente certas, o que restaria ao grupo atual, a briga por duas vagas (já que Nenê deve confirmar ausência). O BasketBrasil ouviu de Moncho que Manteguinha deve estar na lista. Se for verdade, os 12 da Lusofonia brigam por apenas uma vaga no grupo (ou 3 ou 4 vagas para os treinamentos). Porém, vindo da comissão técnica menos criteriosa dos últimos tempos, vai saber o que pode acontecer até lá.
Imagem: Menino Maluquinho – Ziraldo – www.meninomaluquinho.com.br