Após sufoco, Brasil estréia com boa vitória
A República Dominicana começou a partida tentando intimidar os brasileiros através do jogo físico. Liderados por Tiago Splitter e Anderson Varejão, os brasileiros não se intimidaram. Assim como no Super 4 e na Tuto Marchand, a seleção de Moncho Monsalve entrou em quadra valorizando muito o relógio em suas posses de bola, através de muita movimentação e troca de passes.
A Rep. Dominicana, por outro lado, tentava a maior parte de suas jogadas através da individualidade, explorando as suas 3 estrelas da NBA. Para azar dos dominicanos, o nosso garrafão, com uma defesa firme, praticamente anulou Al Horford e Charlie Villanueva no primeiro quarto. O mesmo não se pode dizer de Francisco Garcia que, com a mão quente do perímetro, manteve a sua equipe na partida.
O ataque brasileiro era comandado por infiltrações de Leandrinho e jogadas no garrafão com Tiago Splitter. Nesse ritmo, o Brasil fechou o primeiro período à frente: 21 x 18.
No segundo período, a seleção brasileira logo perdeu Tiago Splitter com 3 faltas. Para piorar, a defesa zona utilizada pelos dominicanos embaralhou completamente o ataque brasileiro. Leandrinho não acertava nenhum de seus arremessos de longa distância. Do outro lado, nossos jogadores pareciam não acreditar nos arremessos audaciosos de longa (e coloque longa nisso) distância dos dominicanos, que passaram à frente no placar 28 x 29.
A vantagem dos dominicanos chegou a 4 pontos e só não foi maior graças aos arremessos certeiros de Marcelinho Machado. Com um time baixo em quadra, a seleção brasileira via Guilherme Giovannoni sofrer até mesmo para marcar o limitado pivô Martinez.
A sorte dos brasileiros é que os dominicanos, , sabe-se lá por que, voltaram a marcar individualmente. Coincidência ou não, foi exatamente nessa troca de defesa que o Brasil empatou a partida: 35 x 35.
A seleção brasileira conseguiu uma cesta de 3 pontos através de Marcelinho, após excepcional movimentação e troca de passes, para dar números finais ao primeiro tempo: 38 x 36. Os brasileiros ainda desperdiçaram um último contra-ataque, talvez por excesso de zelo.
Julio Toro que não é bobo , voltou, adivinhe, marcando defesa zona. A partir daí, o Brasil parou de trocar passes e a forçar jogadas principalmente com Leandrinho, que errava jogadas atrás de jogadas. Assim, rapidamente os dominicanos assumiram o placar e abriram 42 x 47.
A desorganização ofensiva era tão grande que até Anderson Varejão tentou uma cesta de 3 pontos. Ficou ainda pior quando Tiago Splitter cometeu a sua 4ª falta, antes da metade do terceiro período.
Contra um garrafão enfraquecido, Villanueva começou a crescer na partida, marcando pontos em jogadas individuais debaixo da cesta. Não fossem 2 aremessos de 3 pontos improváveis, mas providenciais, de Alex Garcia, a diferença no placar seria ainda maior. O 57×61 ficou barato para o Brasil.
E Alex estava mesmo com a mão quente. Tanto que já começou o derradeiro período com uma cesta de 3 pontos. Na jogada seguinte, ainda finalizou o contra-ataque. O Brasil encostou (62 x 63), obrigando Julio Toro a parar a partida.
O ala do Universo/BRB foi ainda mais importante ao cavar a 4ª falta de Villanueva. Nesta altura do jogo, faltando 8 minutos para o fim, tanto o ala do Detroit Pistons como Al Horford já estavam sentados no banco pendurado com 4 faltas.
A produção dos dominicanos caiu assustadoramente. E foi ele, Alex Garcia, mais uma vez, o responsável pelos 2 pontos responsáveis pela retomada da liderança no placar: 66×65.
Al Horford voltou novamente à partida, mas só teve tempo de fazer o ponto de empate, antes de ser eliminado da partida com 5 faltas.
Na jogada seguinte, Splitter colocou Martinez para sambar e marcou 2 pontos. Na volta, ainda cavou uma falta de ataque, era Charlie Villanueva também eliminado com 5 faltas: 68 x 66 para os brasileiros.
O momento era de Tiago Splitter, que além de fazer a cesta seguinte, roubou uma bola e passou para Alex marcar mais uma cesta. Não satisfeito, ainda deu uma bela assistência para Anderson Varejão fazer uma bandeja no estouro. O Brasil abriu 74 x 66, com 3 minutos para o final e, a partir daí, apenas administrou o placar até o fim do jogo. Final: Brasil 81 x 68 Rep. Dominicana.
A seleção brasileira passou por um grande aperto no 3º período e, talvez, não fosse por Alex Garcia, começaria a Copa América com uma derrota. No entanto, o time se recuperou muito bem na última parcial, demonstrando que, mesmo por poucos minutos, Tiago Splitter faz a diferença.
Tanto Alex Garcia, quanto Leandrinho, terminaram a partida com 21 pontos, 4 rebotes e 4 assistências, o que apenas demonstra como os números não refletem exatamente o que acontece na partida. Enquanto Alex foi decisivo, Leandrinho talvez tenha tido a atuação mais decepcionante da estréia, marcando a maior parte de seus pontos em contra-ataque.
Tiago Splitter em 24 minutos conseguiu 14 pontos e 10 rebotes, enquanto que Anderson Varejão anotou 10 pontos e 10 rebotes, descansando por apenas 1 minuto.
Pelo lado dos dominicanos, destaque para Francisco Garcia que, enquanto esteve com a mão quente, causou muitos problemas para os brasileiros. Terminou a partida com 17 pontos.
Assim, a seleção brasileira conquistou uma importante vitória na estréia, segurando um dos melhores ataques do torneio em apenas 68 pontos.