Bem nas quadras, Fla começa a revolucionar fora delas

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Publicado em: 26/05/2010

A passagem de João Henrique Areias pelo esporte olímpico rubro-negro foi curta – não durou mais do que uma temporada. Contudo, o legado do “Papa do Marketing Esportivo Brasileiro” não só rendeu frutos para o basquete do Flamengo, como começa também a ser expandido pelos seus sucessores.

Até bem pouco tempo, os cariocas amantes de basquete precisavam se sujeitar a ginásios imundos e com total falta de estrutura. Isso ocorria tanto na época do extinto Telemar/Rio de Janeiro, que mandava seus jogos no precaríssimo Miécimo da Silva, como também na história recente do Flamengo, que utilizava o temeraríssimo ginásio do Tijuca Tênis Clube – uma tragédia esperando para acontecer.

Contudo, desde as finais da última temporada, quando o Flamengo sagrou-se o primeiro campeão da história do NBB, o basquete do Rio de Janeiro, ou melhor, o basquete brasileiro, “ganhou” a arena esportiva mais moderna do pais: a HSBC Arena, que foi construída  para os Jogos Pan Americanos de 2007, mas que vinha sendo utilizada para tudo, menos o esporte.

E parece que os dirigentes rubro-negros estão aos poucos aprendendo a utilizar esse valioso espaço, valendo-se do tão bem sucedido conceito norte-americano de vincular esporte ao entretenimento, no qual o público que paga pelo ingresso recebe muito mais do que simplesmente o direito de assistir a uma partida de basquete.

Por exemplo, além de uma série de atrações no intervalo, que vão de apresentações musicais a brincadeiras envolvendo torcedores na quadra, o clube rubro-negro tem proporcionado ao público uma “Fun Zone”, que pode ser explorada na parte interna da HSCB Arena.

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Para citar uma outra atração surpreendente, na série contra Franca, os torcedores se divertiram ao presenciar um pedido de casamento (para valer!), com direito a zoom e detalhes no mega telão do ginásio.

A última e talvez mais arrojada medida de marketing do basquete rubro-negro foi o lançamento de “cards” dos jogadores da equipe (ainda não estão disponíveis à venda, sabe-se lá por que). Vide reprodução abaixo com o detalhe bem humorado do CRVG presente no currículo de Guilherme Teichmann:

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E quem ganha com tudo isso? Certamente é o público e, consequentemente, com o interesse despertado pelas ações proporcionais, a própria franquia.

São medidas ainda modestas, mas que já apontam para uma pequena revolução em nossa modalidade. Afinal, ainda são pouquíssimas as franquias que exploram o marketing (Franca e Bauru, por exemplo). Agora, o Flamengo parece assumir uma certa vanguarda na exploração do potencial extra-quadra do basquete. E que o exemplo seja seguido pelas demais …

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