Brasil vs Nigéria: mais uma vitória tranquila
por Beto Jannarelli
Na segunda rodada do Super Four de São Carlos a seleção brasileira enfrentou a Nigéria, seleção africana que disputará o pré-olímpico mundial da Venezuela. Em mais uma vitória tranquila do selecionado de Rubén Magnano, o que se viu de início foi uma repetição da rodada anterior, no jogo contra a Nova Zelândia: uma defesa individual muito forte no homem da bola, dobras, roubadas e bandejas. Como disse o treinador brasileiro em entrevista após o primeiro jogo, uma defesa que incomoda, que não deixa o adversário fazer o que pretende.
O quinteto titular teve duas mudanças em relação à estreia: Marcelinho Huertas, que havia sido poupado contra os neozelandeses, substituiu Raulzinho (que desta vez nem sequer ficou entre os 12), e Anderson Varejão iniciou a partida no lugar de Guilherme Giovanonni. Vale ressaltar o quão poderoso o garrafão brasileiro fica com essa dupla. E também como a presença de Nenê adiciona ao jogo ofensivo brasileiro o jogo de poste baixo, já que o pivô dos Wizards tem força e explosão suficientes para bater qualquer pivô do mundo isolado no um contra um. E nos momentos de dobra, Nenê também mostrou boa visão de jogo e distribuiu assistências aos seus companheiros.
O segundo quarto seguiu o padrão de até então. Só que ao contrário. A Nigéria, através dos 16 pontos (no período!) ala Oguchi, conseguiu bater a defesa brasileira, vencendo por 25×22. Foi o momento que Magnano pediu tempo e, como pudemos ver (mas não ouvir) pela televisão, deu uma bronca daquelas nos jogadores. Os alas do Flamengo que iniciaram o segundo período mantiveram a produção ofensiva dos titulares Alex e Marquinhos, mas é evidente que defensivamente deixam muito a desejar em relação a eles. Talvez essa tenha sido a principal causa da queda de rendimento defensivo do Brasil, além de um relaxamento coletivo, evidentemente.
O terceiro período foi um meio termo entro os dois primeiros. O Brasil marcou forte, conseguiu encaixar bons contra-ataques, mas ainda assim a produção ofensiva da Nigéria chegou aos 20 pontos. Com bandejas e arremessos de Marquinhos e Marcelinho Machado o Brasil anotou 29 e foi para o último quarto com o placar indicando 80 a 52.
Magnano testou uma variação interessante no último período, com Guilherme atuando na posição 3, ao lado dos pivôs Varejão e Nenê. A dulpa de Marcelinhos completou o quinteto. Ofensivamente o ala do Brasília aproveitou, convertendo arremessos do perímetro. Foi também a primeira vez que o Brasil marcou por zona 2-3. uma variação que pode ser útil em Londres.
No final, 104 a 65 para o Brasil, e muita ansiedade para o jogo de hoje contra os gregos. Será que Splitter será relacionado (o que me faz lembrar que não entendi porque Augusto Lima foi relacionado se não entrou em quadra)?
Vamos aguardar para ver se o jogo interno nacional irá tão bem também contra os fortes pivôs da Grécia.·.