Coluna: Crônicas BasquetebolÃsticas
por Henrique Pilar
É engraçado como se é reconhecido só pelo simples fato de você ser uma atleta. E acho que não importa muito o esporte que pratique. Pois, de férias pelos lugares mais longÃnquos, se conversa e conhece muita gente, com as quais é necessário se introduzir num assunto. E parece que a pessoa está conversando numa boa, como que caminhando e conversando, e quando se apresenta como atleta algo acontece. A pessoa te olha com um olhar de admiração e estranhamento. Como aconteceu comigo. Às vezes, tal pessoa nem sabe qual é o esporte basquete, confunde com volei. Não importa, tanto faz, é atleta. Geralmente gera uma admiração súbita.
Como também num bom perÃodo de férias, a gente se anima e fica mais sonhador, mais idealista. E fico imaginando um basquete em mais canais abertos de TV, passando com uma frequência maior, sendo acompanhado. Que passe uma série de Play-off inteira, como os grandes jogos de finais da NBA. Assim como também acontece grandes jogos na NBB. Vi esse ano cada jogo emocionante. Não desgrudava o olho da tela no quarto jogo de Flamengo e São José e muitos outros.
Mas toda idealização pode ser também um projeto próspero. E vejo o quanto melhorou de um tempo para cá. E quanto sabemos que as idealizações não estão muito distantes da realidade. Pois se as pessoas tem tanto estima pelos atletas, seja ele judoca, basqueteiro, boleiro, voleiro (existe isso? como será que se denomina um jogador de vôlei), o que as impede de sentar e acompanhar um jogo de basquete vibrante num canto, ou num boteco qualquer em Jericoacoara?
O jogo não é só a quadra, ele é a arquibancada, ele é o sofá, ele é a TV que chega antes pra preparar seus sistemas de transmissão, o Seu Zé aqui de Bauru, que passa o dia inteiro limpando o ginásio, o fotógrafo que tira uma foto exata de baixo pra cima e transforma a pessoa do Lebron James num Mito!!!
