Com risco de rebaixamento, rabeira do NBB5 promete pegar fogo no segundo turno

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Publicado em: 30/01/2013

As quatro primeiras edições do Novo Basquete Brasil não trazia nenhuma emoção para os times que estavam na parte de baixo da tabela. Se uma equipe não tinha mais chances de ir aos playoffs, não importa ser o primeiro fora da zona de classificação ou o último colocado, não havia mais nada para se lutar. Agora, no quinto NBB da história, o enredo mudou, com os dois últimos colocados tendo que disputar um quadrangular final contra os finalistas da Super Copa Brasil, para mostrar para a Liga e para o basquete brasileiro que merece fazer parte da elite da modalidade no país.

Atualmente, Palmeiras, Tijuca Tênis Clube e Suzano são os times mais ameaçados pelo rebaixamento, tendo os três piores desempenhos após o final do primeiro turno.

Campeão brasileiro no ano de 1977, quando a competição se chamava Taça Brasil de Basquete, o Palmeiras, que voltou à elite nesta temporada, está seguindo o mesmo caminho que o futebol trilhou no ano passado, quando terminou rebaixado.

Atualmente na última colocação, com apenas duas vitórias em 17 partidas, mesma campanha do Tijuca, mas perdendo no confronto direto, a equipe do Palestra Itália é que aparenta estar com a situação mais complicada.

Time com o segundo pior ataque, terceiro que mais leva cestas e o terceiro menos eficiente,  o elenco comandado pelo espanhol Arturo Alvarez não sabe o que é comemorar uma vitória desde o dia 13 de dezembro de 2012, quando bateu o São José, de “ressaca” após conquistar o título paulista na noite anterior, em partida válida pela quinta rodada (foto: Fábio Menotti/Divulgação). No total, o Palmeiras é o time com a maior sequência de derrotas nesta temporada, acumulando 12 reveses seguidos.

Quem viu essa equipe no início do Campeonato Paulista, quando ganhou os quatro primeiros jogos, e no início do NBB, estreando com vitória sobre o Suzano, não imaginava que o Alviverde estaria nesta situação.

Fase parecida vive o Tijuca Tênis Clube, que após a temporada de calouro, chegando até a fase oitavas de final do NBB4, passa dificuldades na atual temporada.

Os problemas da equipe começaram antes mesmo da bola subir, já que a renovação com o patrocinador master poderia não ser prorrogada, o  que faria com que o time da Zona Norte carioca corresse o risco de não participar da competição.

A renovação veio, mas de maneira atrasada, o que fez com que a equipe liberasse alguns atletas que já eram tidos como certo, como o armador Hélio, ex-Flamengo e Kevin Sowell, ex-Franca,.Com a garantia que disputaria o NBB5, o Tijuca teve que correr atrás apenas de jogadores que estivessem livres no mercado, o que não restringiu boas contratações.

Dentro de quadra, a equipe divide a última colocação junto com o Palmeiras. Defensivamente os comandados de Miguel Ângelo da Luz até conseguem desempenhar um bom papel, sofrendo uma cestas a menos em relação ao Brasília, atual tricampeão nacional. O problema está no ataque, o pior da competição, com médias de 67.29 pontos, sendo a única a anotar menos de 70 tentos por partida.

(Foto: Felipe Piazentin/ Databasket.com)

Nos rebotes, o time é o segundo pior, assim como nas assistências. Somando esses fatos, estamos falando do elenco menos eficiente do NBB5.

As vitórias não estão tanto tempo sem “visitar” o clube carioca, que não vence há três rodadas, mas, antes do segundo e último bom resultado, jogando fora de casa contra o Palmeiras, em partida válida pela 14° rodada, o Tijuca ficou 11 jogos sem vencer, sendo até então o lanterna e time com maior sequência de resultados desfavoráveis.

Dos times mais ameaçados de rebaixamento, o Suzano é o que respira mais aliviado, mas ainda sim com a corda no pescoço.

A equipe paulista possui uma vitória a mais que Palmeiras e Tijuca, vantagem que pode parecer pouca, mas quando estamos falando de times que estão com aproveitamento abaixo dos 20%, a diferença pode se tornar enorme.

Foto: Newton Nogueira/ Divulgação)

Quarto pior no ataque, pior defesa, time que mais comete erros e o segundo menos eficiente da competição, Suzano foi o que menos jogos ficou sem vencer entre os adversários diretos, com nove derrotas, sequência que foi quebrada justamente contra o Tijuca, quando venceu no último dia 19, por 86 a 79.

Falando em confrontos diretos, nenhuma dessas equipes foi soberana,  com todos vencendo um jogo e perdendo outro.

Palmeiras venceu Suzano na estreia, mas perdeu para o Tijuca, que por sua vez não foi capaz de bater os comandados de Cadum Guimarães, jogando fora de casa.

No returno, a equipe carioca, que pode estrear Rashad Bishop, ex-Joinville, na partida desta quinta-feira, contra o Minas Tênis Clube, no Rio de Janeiro,  terá a vantagem de jogar os dois jogos decisivos em casa, recebendo o Palmeiras no dia 28 de março e o Suzano dois dias depois, no dia 30/03.

Costumamos dizer que tudo será resolvido nas últimas rodadas, o que não é uma verdade absoluta. Um time que precisa vencer o último jogo e perde, não conquistou o objetivo simplesmente porque não conseguiu vencer a partida que está mais fresca na memória do torcedor. Falo isso porque a decisão dos dois times que vão ter que disputar o quadrangular contra os finalistas da Super Copa Brasil pode ser decidida a qualquer rodada, não matematicamente, mas por ter menos probabilidade de vencer adversários de ponta.

Um dos confrontos que poderá definir o futuro de uma dessas equipes já acontecerá nesta quinta-feira, com Suzano e Palmeiras se enfrentando em Mogi das Cruzes, às 20h. A partida terá mando de quadra do Suzano, o que pode ser um problema para o Verdão, que até agora não conseguiu triunfar longe de seus domínios (Foto:Fábio Menotti/ Divulgação).

Suzano, além de receber o Palmeiras amanhã, terá mais três partidas seguidas em casa no início do segundo turno, enfrentando o Paulistano, que vem oscilando muito, o Minas, time com pior médias de rebotes, e o Vila Velha, umas das equipes que foi batida pelo time paulista no primeiro turno.

O Tijuca é outro time que pode conseguir um bom início no segundo turno, recebendo o Minas e o Vila Velha,  na quinta e no sábado, respectivamente. Ambas equipes derrotaram o Tijuca na primeira fase, mas o time carioca teve amplas chances de sair com a vitória, perdendo para os mineiros por 77 a 70, após péssimo terceiro quarto, quando anotou apenas oito pontos, e para o Vila Velha por uma cesta (58×56).

A vida do Palmeiras será mais difícil, tendo Paulistano e Pinheiros na sequência, também fora de casa.

A briga pelos playoffs vai ser quente, mas pela primeira vez neste campeonato,   os últimos colocados também serão alvos da nossa curiosidade.

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