Comunicado oficial
COMUNICADO
MARCELINHO MACHADO, CAPITÃO DO FLAMENGO E DA SELEÇÃO BRASILEIRA, FALA SOBRE O INCIDENTE OCORRIDO EM JOINVILLE, ACUSA DIRETORIA CATARINENSE E SE DESCULPA COM O PÚBLICO
RIO DE JANEIRO (RJ) – O incidente de Joinville (SC) ainda não é passado para Marcelinho Machado. Capitão do Flamengo e da Seleção Brasileira, o ala resolveu se pronunciar sobre o que aconteceu na cidade catarinense no último domingo, dia 4, acusando a diretoria de Joinville de ter oferecido péssimas condições para o trabalho da equipe da Gávea durante o Torneio Ciser 50 Anos – disputado no último fim-de-semana -, alegou ter sido expulso injustamente e pediu desculpas pela atitude que tomou ‘de cabeça quente’.
– Apesar de tudo o que aconteceu com a gente, nada justifica a minha atitude de não sair de quadra. Lamento que o espetáculo não tenha sido o esperado pelo público, os amantes do basquete queriam ver o jogo, as famílias saíram de suas casas para ver a partida, e eu errei, mas foi uma decisão tomada de cabeça quente. Se pudesse voltar no tempo e sair, sairia, com certeza. Mas nada do que fizeram contra a gente em Joinville foi de cabeça quente, muito pelo contrário, e isso mostra que, infelizmente, na minha opinião, fica difícil o Flamengo disputar torneios assim, nessas condições. Fomos muito mau tratados em Joinville. Era um torneio amistoso, que usaríamos de preparação para o NBB e para o Sul-Americanos, e o que vimos e sentimos, desde o momento em que chegamos à cidade, foi um clima hostil, de raiva contra a gente, nada tinha a ver com uma competição amistosa. É claro que todos queriam ganhar, mas isso teria de ser dentro da quadra e o resultado, no final das contas, era o que menos importaria, já que todos os times estão em reta final de ajustes, era uma boa oportunidade para que os times se acertassem para a temporada. Mas a diretoria de Joinville não nos tratou como deveria: nos deram ônibus escolar, treinos começando às 8h, longas esperas pela chegada de ônibus e troca de ônibus para irmos ao jogo, um vestiário que mais parecia um depósito, que não cabiam dois jogadores ao mesmo tempo… Enfim, usaram de tudo o que podiam para fazer com que o Flamengo tivesse o pior tratamento possível no torneio. A partir disso e de algumas atitudes dentro de quadra, o jogo passou a ter um clima estranho, e os ânimos se exaltaram. Reconheço que foi lamentável para os que foram ao ginásio e para os que assistiram pela TV, mas é impressionante a hipocrisia dos dirigentes de Joinville, que querem tirar proveito de uma situação que eles mesmos provocaram, e questionar os meus 12 anos de Seleção Brasileira, querendo ganhar espaço na mídia e invertendo as responsabilidades. Fiz uma falta antidesportiva no Shilton, fiz e assumo que fiz, discutimos, o que é normal, mas não houve agressão, e o árbitro me expulsou. Quando fui questioná-lo, ele não sabia nem o motivo pelo qual eu havia sido expulso, disse que nós nos agredimos e, em nenhum momento, as imagens mostraram isso. Estou muito feliz com a posição do basquete hoje, desse crescimento do esporte, e o Flamengo teve um papel muito importante nesse processo. Não vamos evoluir com um pensamento como esse, de que vale fazer de tudo para vencer, é pequeno pensar que é preciso fazer isso fora de quadra para ganhar – afirmou o ala, capitão da Seleção Brasileira e eleito ‘Melhor Jogador’ do Novo Basquete Brasil (NBB) 2009.
CAMPEONATO ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO
O Flamengo estreia no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro na noite desta terça-feira, dia 6, contra o América / Três Rios, no Ginásio Hélio Maurício (Gávea), a partir das 18h, e volta a atuar pela competição na noite desta quarta-feira, dia 7, nos mesmos horário e local, contra Cabo Frio.