Considerações sobre a seleção em São Carlos – Parte Um

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Publicado em: 30/06/2012

Estive em São Carlos, entre os dias 26 e 28 de junho, para acompanhar o Torneio Eletrobras de Basquete, que se constituiu na primeira leva de amistosos da seleção brasileira de Basquete visando à preparação para os Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Nesse período inicial de testes, o Brasil enfrentou em um quadrangular as seleções da Grécia, Nigéria e Nova Zelândia. Estas seleções se encontram em um período mais avançado de preparação do que o selecionado brasileiro, pois disputarão no próximo mês, na Venezuela, o Pré-Olímpico Mundial, que vale as três últimas vagas para os jogos de Londres.

Das seleções participantes, o principal adversário era, sem dúvidas, a Grécia. Quarto colocado no ranking da FIBA, o jogo contra o time grego foi até então o primeiro grande teste da seleção nessa preparação. Todavia, os jogos contra Nigéria e Nova Zelândia também foram de mais valia para os intentos do técnico Rubén Magnano. Ressaltando por várias vezes durante as coletivas de que – apesar do time brasileiro ainda estar longe da melhor forma e que o placar nesses jogos não era o mais importante critério a ser analisado –, o Brasil entraria (e de fato entrou) dando 100% de si e procurando respeitar sempre o adversário.

Mais do que analisar os jogos em suas particularidades – coisa que já o fiz em outro momento e em outro local – tentarei pontuar, na medida do possível e das minhas limitações analíticas, os principais pontos positivos que pude observar durante os jogos. Irei dividir minha análise em três partes e lançar no decorrer dos próximos dias.

O primeiro aspecto a ser ressaltado e que saltou aos olhos de todos os que assistiram aos jogos e acompanham a seleção há algum tempo foi o grande avanço defensivo que a seleção demonstrou nessas partidas. Entusiasta deste tipo de jogo, Magnano conseguiu impor uma pegada na defesa que há muito tempo não se via por essas bandas.

Adotando um sistema de jogo no qual o homem da bola adversário era pressionado durante todo o jogo (principalmente nos jogos contra Nigéria e Nova Zelândia), o Brasil parece ter adotado de vez a filosofia de que os jogos são ganhos através da defesa. E isso ficou mais evidente durante o primeiro quarto dos dois jogos iniciais, quando o Brasil limitou a Nova Zelândia a fazer 9 pontos e a Nigéria, que acabara de vencer a Grã-Bretanha (adversária do Brasil em Londres) e que possui jogadores interessantes, como Al-Farouk Aminu e Ike Diogu, a apenas 7 pontos.

Há alguns pontos que devem ser trabalhados, é claro. O Brasil sofreu e muito para parar o jogo de pick ‘n roll do time grego. Spanoulis, que foi muito bem marcado por Alex durante o primeiro quarto de jogo, deu muito trabalho com seus passes e o garrafão brasileiro enfrentou dificuldades para marcar os homens grandes da Grécia. Falando em Alex, ficou bastante claro durante os jogos que a defesa de perímetro da seleção brasileira perde e muito quando o “brabo” não está em quadra.

Essas são as linhas iniciais. No próximo post, irei comentar um pouco sobre talvez a principal força desse time brasileiro: o garrafão.

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