Crônica misteriosa da derrota para a França, 58-56
O Brasil voltou à quadra esta manhã brasileira, tarde francesa, para clandestino amistoso contra a seleção francesa, na sua sexta partida de preparação rumo ao Mundial da Turquia. O resultado foi, mais uma vez, ruim: uma derrota, a terceira consecutiva, contabilizando agora três vitórias e três derrotas. Como falamos no twitter ao longo do dia, é complicado fazer análise sem ter podido ver o jogo.
Rodrigo Alves, do Rebote, em um impressionante trabalho de pesquisa, conseguiu fotos do jogo e ainda descobrir que Marcelinho Huertas também não havia jogado – tendinite, bem como Anderson Varejão, ausência já esperada. Por ele também conseguimos saber que Nenê veio do banco. Somada às raras informações dadas pelo twitter da CBB (que Giovannoni foi o cestinha, por exemplo, com 17 pontos), o que fica é que a preparação chega ao seu segundo estágio enfim com todos atletas a partir de domingo, contra a Austrália.
Neste fim de tarde brasileiro, noite francesa, consegui falar com o comandante da seleção Ruben Magnano que me contou rapidamente outros detalhes da partida. O argentino lamentou a derrota e disse que poderíamos ter vencido e faltou muito pouco. Tivemos, nos momentos decisivos, duas bolas de três para encestar e virar o marcador, fato que acabou não ocorrendo. Além disso, ressaltou que foi um momento muito importante para Raulzinho e Nezinho e que os armadores estão tendo uma prova de fogo. Perguntei se algum deles estaria na frente na disputa pela suplência imediata de Huertas e ele disse que ainda não tomou decisões quanto a isso.
Sobre Nenê, pôde apenas dizer que jogou pouco tempo e assim como Tiago (que jogou mais hoje), carece de retomar o ritmo de jogo, que acredita já terá acontecido em 10 dias, quando o Mundial realmente começa para nossa seleção. Perguntei sobre o jogo de poste baixo, característica básica do estilo de jogo que gosta o treinador, e ele confessou que crê que nossos pivôs estarão preparados para desempenhar com qualidade essa linha ofensiva quando for pra valer.
Não tenhamos pânico, a série de jogos que o Brasil escolheu para sua preparação foi realmente interessante e possibilitará que Magnano conheça todo nosso elenco e veja quem realmente pode ajudar jogando em alto nível. Os placares, de fato, são menos importantes. Por mais que já possamos ver alguma ansiedade (sobretudo em nosso twitter, que é o principal canal de feedback que temos), não é hora para tanto. A partir de semana que vem, e sobretudo quando a bola subir no Mundial da Turquia, as cobranças poderão vir.
Por Guilherme Tadeu