De novo na prorrogação, de novo Lakers
Duas prorrogações, uma no jogo 2, em LA, outra no jogo 4, em Orlando. Em ambas, o Orlando teve a chance de decidir. Na primeira, convenhamos, não era tão fácil assim (embora muita gente acredite que Courtney Lee não podia ter perdido aquela bandeija). Nesta noite, o lance-livre foi a kriptonita do Superman (em atuação que bateu recorde de tocos em finais de NBA (9) e que beirou o triplo-duplo).
Isso mostra duas coisas: que as finais estão absurdamente equilibradas e que um time sabe fechar os jogos melhor que o outro. Isso pode não ser decisivo a ponto de dizer que os Lakers já são campeões. O time do Orlando Magic já cansou de provar que tudo o que é impossível lhes parece acessível. Mas o problema é que agora, o impossível chama-se vencer os Lakers três vezes seguidas, duas delas em LA, com o Jack Nicholson no ouvido.
Não está definido. Mas tá quase. O Orlando terá de ter o mesmo volume do primeiro quarto, errar menos e torcer para conseguir carregar de faltas (com ou sem ajuda da arbitragem) os pivôs adversários. Se tudo isso der certo, ainda terá que torcer para que Kobe tenha mais 3 noites ruins (cinco consecutivas?). Vai precisar de um Dwight Howard dominante e de um Turkoglu milagroso.Tudo isso aconteceu hoje e nem assim o time da Flórida conseguiu vencer. Quando tudo dá errado para o adversário e você ainda perde, o efeito moral é tenebroso em dupla medida: abastece o ânimo dos de LA e atropela qualquer motivação do Magic.
O otimista vai lembrar que Lee e Lewis não apareceram, que Alston não rendeu e que talvez Van Gundy desista de vez de Jameer Nelson. O pessimista vai lembrar tudo aquilo do parágrafo anterior precisa acontecer de novo, isso deste parágrafo tem que acontecer também e que, ainda assim, o time tem de abrir uma vantagem considerável antes do fim do jogo para que não tenha problemas na hora de decidir. É, é difícil dar alguma coisa senão os Lakers.
Foto: LA Times