De volta ao caos?
Não durou sequer algumas horas a fase de “somente comemorar” do basquete rubro-negro. Foi publicado no Data Basket que o diretor de esportes olímpicos do Flamengo João Areias, juntamente com Ary Vidal, coordenador de basquete, desligaram-se do clube logo após a conquista do NBB 2009.
Uma fonte ligada ao basquete do clube não quis dar como certa a saída, mas garantiu que a possibilidade é real, eis que a decisão para manter o modelo de gestão profissional apresentada por Areias está parada nas mãos da presidência do clube.
Explica-se: após trabalhar gratuitamente por 5 meses, João Areais só volta ao comando do Flamengo se ele e a sua equipe forem remunerados pelos serviços prestados.
A pretensão não poderia ser mais justa, vindo de alguém que literalmente impediu a extinção do basquete rubro-negro no início do ano, indo além, ao demonstrar que a modalidade poderia decolar independentemente das verbas do futebol. De fato, acabou provado que o futebol sugava receitas do basquete rubro-negro, e não contrário.
Ao longo da temporada, o Flamengo saiu do posto de clube mais bagunçado do NBB para o de modelo de gestão e de captação de recursos.
O que causou maior espanto durante a comemoração do título, no entanto, foi a presença de Patrícia Amorim na hora de entregar a taça ao capitão do time do Flamengo, Marcelinho Machado.
Pelo protocolo, o presidente afastado, Márcio Braga, e o presidente em exercício do Flamengo, Delair Dumbrowski, diga-se, duas figuras completamente alheias ao basquete do Flamengo, deveriam fazer a entrega do troféu. Contudo, os dois se uniram a Patrícia Amorim, justamente a diretora de esportes amadores do Flamengo afastada quando Areais assumiu o cargo e que supostamente se candidatará ao cargo de presidente do clube.
A presença da ex-dirigente só fez com que as especulações sobre o futuro do basquete rubro-negro aumentassem.
A única certeza é que talvez no momento mais glorioso de sua história, o basquete do Flamengo volta a ser representado por um enorme ponto de interrogação e que os dirigentes do clube definitivamente não gostam da palavra sossego. Uma pena…