Destaque da rodada (06/02): San Antonio Spurs 85 x77 Washington Wizards

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Publicado em: 7/02/2008

O San Antonio Spurs vem tendo problemas nos últimos jogos. Dos últimos 10, perdeu 5, e jogou, mais uma vez, sem Tony Parker. Para vencer, precisavam estabelecer suas jogadas combinadas (screens) com Tim Duncan e Manu Ginobili, o que não tem acontecido ultimamente, e também entregar a bola em boas condições para o primeiro no garrafão, já que ninguém do Wizards é capaz de conte-lo, e caso houvesse marcações duplas, passar a bola para que ela girasse com eficiência. Conseguiram. Duncan fez, por boa parte do jogo (exceção do ultimo quarto), o que quis com a defesa interior do adversário, e Manu Ginobili sempre batia seu defensor nas movimentações para atrair cobertura defensiva e passar a bola a um companheiro desmarcado.

Avaliação (San Antonio Spurs):

Manu Ginobili: Não forçou seus arremessos, e sempre executou as jogadas , não forçando passes, terminando com 10 assistências e apenas 1 erro. Na defesa, foi batido no drible por DeShawn Stevenson algumas vezes na 1ª metade, mas se controlou na 2ª parte do jogo.

Damon Stoudamire: No ataque, foi perfeito. Estava nos lugares certos, sempre recebendo passes para cestas de 3 ou estava nas jogadas, que resultaram em 3 assistências(1 enterrada de Duncan e 2 bolas de de meia distância). Defensivamente, nunca pôde conter Antonio Daniels, que usou e abusou de infiltrações.

Tim Duncan: Nos 3 primeiros quartos, dominou o garrafão ofensivamente, com ganchos, arremessos curtos e enterradas. Enfrentou uma marcação forte no ultimo quarto, com um bom trabalho defensivo de Brendan Haywood. Defensivamente, não contestou muitos aremessos e fez um trabalho razoável nos rebotes.

Bruce Bowen: No ataque, ocupou seu espaço na linha de fundo, e esperando sua oportunidade de arremessar bolas de 3, acertando 1 de 3, e arriscando uma bola a meia distância no fim do jogo. Defensivamente, fez suas rotações e impediu que Antawn Jamison e DeShawn Stevenson ganhassem qualquer tipo de ritmo ofensivo.

Fabrício Oberto: Não fez um bom trabalho nos rebotes defensivos, permitindo que Andray Blatche conseguisse o maior número de rebotes de sua carreira num só jogo, com 15. Oberto conseguiu 11 rebotes, mas 5 deles foram ofensivos. No ataque, arriscou arremessos de média distância e prenche espaços para bandejas fáceis.

Jacque Vaughn: Foi eficiente no que fez. Infiltrações precisas, que resultaram assistências para Oberto ou uma bandeja fácil, e pressionou Antonio Daniels, fazendo com que ele trabalhasse duro para conseguir qualquer coisa. Seu único mau momento foi mostrar ser incapz de finalizar bandejas contestadas.

Michael Finley: Não achou seu ritmo. Hesitou em arremessar, e quando o fez, seu arremesso era sempre muito longo. Mas fez uma grande jogada, acertando sua única cesta de 3 quando o Wizards ameaçava tomar a liderança.

Ime Udoka: Não conseguiu marcar Oleksiy Pecherov (uma grata surpresa, que deverá se tornar uma ótima 3ª opção para qualquer time) e cometeu erros no ataque, além de não contrubuir em nada para o ataque. O pior do time.

Francisco Élson: Não jogou suficiente para contribuir com nada além de uma bandeja.

Os Spurs nunca deixaram o Wizards ganhar qualquer ritmo, e mostraram o porquê da valorização de superastros na liga, já que, sem Gilbert Arenas, Washington vem tendo problemas para fechar seus jogos. Mais importante ainda foi o fato de que San Antonio conseguiu um ultimo quarto sem muitos erros, como vinha acontecendo em jogos passados. O problema é que o Wizards é um time fraco sem Caron Butler e Gilbert Arenas e o jogo não foi exatamente um teste para os campeões.

Resta saber se o time de Tim Duncan está só esperando os playoffs para jogar seu verdadeiro basquete ou se realmente há algo errado com o jogo dos campeões.

por Arthur Machado

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