Draft Brasil entrevista Jonathan Tavernari. Fora do mundial, o ala vai jogar na Itália.

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Publicado em: 20/08/2010

Tavernari fará sua estréia no basquete profissional na Liga Italiana

O basquete mundial está a toda, seleções jogando nos quatro cantos do mundo se preparando para o Campeonato Mundial, elencos ainda sendo fechados e ainda faltam 10 dias para a bola subir na Turquia.

E o basquete de clubes também não para.

Jonathan Tavernari assinou com o Biella, da Liga Italiana por 3 anos. O ala concedeu uma entrevista a Guilherme Tadeu, falando sobre sua carreira, a nova empreitada e – como pede o momento – sobre seleção brasileira, com exclusividade para o DraftBrasil. Confira:

Guilherme Tadeu: Jonathan, o que mais te atraiu na proposta do Biella?
Jonathan Tavernari: Vérias coisas. Meu agente, Alex Saratsis, sempre me disse que a situação era bem favorável pra mim. Conheço o Edgar Sosa de jogar contra Louisville, o Sutton de jogar contra Michigan State, e o AJ Slaughter era meu vizinho em Indiana, quando a gente tava treinando pro Draft, e o Slayers jogou com o JP no Le Mans ano passado, então a transição será “menos difícil”. Os benefícios para eu, minha esposa e minha familia serão muito bons, e isso conta muito.

GT: Além desta, você teve mais alguma, ou na Europa ou no Brasil?
JT: Eu tive a opção de jogar a summerleague da NBA, mas optei pela seleção. Sabia que meu agente tava resolvendo detalhes com equipes na Europa, e até chegou a se comunicar com times no Brasil. Não sei nomes, nem detalhes. Assinei com uma agencia grande, Octagon, e uma pessoa que eu sei que quer me ver ter sucesso, entao nunca me preocupei.

GT: Depois de tantos anos de basquete, os 4 últimos jogando universitário, qual a emoção JT: de enfim poder ser pago para jogar basquete?
Emoção, medo, ansiedade, vontade, alegria, motivação. São tantos sentimentos e coisas que estão na minha cabeca e coração que nao sei descrever. Não chega a ser o que senti quando coloquei a camisa da seleção, mas poder ser pago fazendo o que voce ama, é uma grande benção de Deus.

GT: O Tavernari do seu nome é italiano? Você vai ocupar a vaga de estrangeiro ou de comunitário?
JT: Isso faz parte dos detalhes que meu agente e o time estão decidindo.

GT: Você fez um camp lá na Itália antes do Sulamericano, foi lá que acha que garantiu o interesse dos italianos do Biella?
JT: Meu agente disse que bastante, mas que o GM do time, e o head coach já tinham me visto jogar e sempre gostaram do meu estilo. É sempre bom quando o cara que determina quanto voce joga gosta de voce.

GT: O que você já sabe sobre o time italiano? E sobre a liga de lá?
JT: Sei que eles não foram muito bem ano passado. Sei que eles disputam a EuroCup. Sei que eles me assinaram por 3 anos, e vou fazer de tudo para que eu possa superar as expectativas do time.

GT: Muitos falavam que havia a chance de você voltar para o Pinheiros, uma vez que é bastante ligado à história do clube. Planeja ainda jogar adulto por lá, quem sabe, no futuro?
JT: Eu sai do Brasil quando estava no Pinheiros. Minha mãe trabalha la. O Fernando Rossi é como um tio pra mim. Tenho muitos amigos lá, dentro e fora de quadra. É um grande clube, que meu ajudou e ajuda muito. Quem sabe, quando meu contrato terminar, a gente não conversa?

GT: e por fim, o que você espera da seleção na Turquia? Está muito frustrado por não ter sido chamado para o grupo principal?
JT: Frustrado nunca. Motivado. Sei que minha hora vai chegar, e vou estar pronto. Nesse momento, na minha posição, os 4 que estão na minha frente são jogadores de alto nivel internacional. Tanto que 3 tem experiência de NBA. E o Marcelinho é facilmente um dos 5 melhores jogadores no Brasil por quase 10 anos. Minha expectativa é que joguemos bem. Joguemos certo. Ganhemos do modo certo. O Moncho implantou uma ideia na seleção, o Ruben esta aperfeicoando essa ideia e, como fizemos no Sul-Americano, aplicamos essa idea. Nós ganhamos na Colômbia do jeito certo. Marcamos bem, e o resto foi consequência. O jogo está crescendo no Brasil, e temos que ter bons resultados para continuar essa evolução. Vou torcer pelos meus amigos e pelo meu país, e para o crescimento do nosso esporte.

Texto: Lucas de Souza
Entrevista e ousadia: Guilherme Tadeu

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