Ele não vai: Juan Pablo Cantero
Uma das ausências de última hora do Mundial é Juan Pablo Cantero. O bom armador argentino surgiu com força no Sionista de Paraná e chegou a seleção em um momento que os argentinos sofriam com a renovação na posição 1. Esse problema começou lá atrás quando Pepe Sanchez e Alejandro Montecchia se aposentaram da seleção. Pablo Prigioni assumiu naturalmente a vaga de titular, entretanto, a reserva sempre foi uma incógnita.
Em 2008 nas Olímpiadas de Pequim, Antonio Porta ocupou a posição e além de jogar pouco, especula-se que se desentendeu com Sergio Hernández. A partir daí a busca pelo segundo armador chegou a causar forte preocupação nos argentinos, afinal, com o time B na Copa América 2009 Hernández não poderia se dar ao luxo de errar ao convocar o novo reserva da armação. Três jogadores surgiram para essa posição: Cantero que explodia no Sionista, Juan Pablo Figueroa do Atenas de Córdoba (hoje no Pinheiros) e o jovem Juan Manuel Fernandéz da Universidade de Temple (NCAA). Cantero em todos os momentos se mostrou melhor preparado para a vaga. Além de possuir boa condução e leitura de jogo, tem um chute de três interessante e muito mais experiência que Figueroa e principalmente Fernandéz (um projeto futuro, afinal, ainda tem 19 anos). Figueroa por sinal sempre se complicou com lesões e parece ter ficado atrás na corrida contra Cantero. Na Copa América, Cantero foi o escolhido e fez o seu papel.
Em 2010 para o Mundial, Cantero sempre pareceu em vantagem, afinal, Figueroa lesionado ficou de fora do Sul-Americano e Fernández como já foi dito é projeto para o futuro. Com 18,5 pontos e 5 assistências por jogo em Neiva, Colômbia, Cantero foi um dos grandes nomes argentinos no torneio e garantiu vaga no grupo final que iria para a Turquia. Nessa reta final de preparação uma distenção muscular afastou o argentino do Mundial. E porque isso é tão importante? Ele é apenas um reserva diriam muitos.O problema é que se Cantero é o segundo melhor argentino para a posição, seu substituto no Mundial é no máximo o quinto nessa mesma lista.
Agora resta aos argentinos se ajustarem rápido para que mesmo sem Cantero a armação reserva não vire um buraco. A primeira opção parece a utilização de Carlos Delfino por alguns minutos nessa posição, por enquanto, tem dado certo. Se no Mundial tudo ocorrer como na preparação, Cantero será rapidamente esquecido, entretanto, se a coisa não funcionar, a Argentina sofre pela primeira vez em tempos com um buraco enorme no banco de reservas. É aguardar para ver.