Em jogo nervoso, Brasil vence Austrália na estreia

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Publicado em: 29/07/2012
Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto

Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto

Na volta da seleção brasileira aos Jogos Olímpicos após 16 anos, o Brasil teve que suar a camisa para vencer o perigoso time australiano. Visivelmente ansioso, o time de Rubén Magnano teve muitos altos e baixos durante toda a partida, mas soube crescer nos momentos decisivos para selar a vitória pelo placar de 75 a 71.

Como de praxe, o destaque brasileiro foi o armador Marcelinho Huertas, que com um double-double, com 15 pontos e 10 assistências liderou o time no jogo. Leandrinho Barbosa, apesar de ser ejetado com cinco faltas no momento mais difícil da partida, foi o principal pontuador do Brasil com 16 pontos. O cestinha da partida, no entanto, foi o armador australiano Patrick Mills, com 18 pontos e sete rebotes.

Crônica

Como já era esperada, a partida começou bastante nervosa. O Brasil encontrou bastante dificuldade de impor seu jogo de garrafão no começo do quarto e Huertas era pressionado durante todo o tempo que esteve em quadra. Ansioso, Leandrinho cometeu alguns erros no ataque e não conseguia encaixar seu jogo. Pelo lado da Austrália, o armador Patrick Mills entrou muito bem e impôs muita velocidade ao seu time, que começou melhor que a seleção brasileira. Mas, as entradas dos jogadores do banco de reservas deram um novo gás ao time que aos poucos conseguiu impor seu jogo. Nenê e Larry em especial entraram bem e no fim do período vitória da Austrália por um ponto, 20 a 19.

Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto

O segundo quarto começou no mesmo ritmo do primeiro. Um Brasil ansioso e com a Austrália utilizando a velocidade de Mills e jogando a partir dos erros ofensivos da seleção. Mas aos poucos, nosso garrafão começou a aparecer com o sempre intenso Varejão e Splitter nos rebotes ofensivos. A volta de Huertas deu outra dinâmica ao time brasileiro, que impondo o jogo de meia quadra cresceu de produção na metade do segundo quarto. Com a defesa brasileira mais encaixada, restou a Austrália se criar a partir do talento de seu armador, que com uma bola de quatro pontos recolocou o selecionado australiano no jogo. Alguns erros bobos do ataque brasileiro proporcionaram pontos fáceis para a Austrália, encostando no placar e igualando novamente o jogo. Ao final do primeiro período, vantagem mínima para o Brasil, 36 a 35.

Na volta do intervalo, Nenê com duas faltas volta no lugar de Varejão. Encaixando a defesa e o jogo em transição, o Brasil fez 6 a 0 nos dois primeiros minutos, forçando o técnico australiano a pedir tempo. Huertas volta muito bem, pressionando na defesa e conseguindo dois roubos de bola. Com um ataque mais equilibrado, Leandrinho aparece no jogo e faz 8 pontos no quarto. Melhor em quadra, o time de Rúben Magnano consegue abrir 13 pontos de vantagem. As saídas de Huertas e Leandrinho e a rotação do banco de reservas fizeram com que o Brasil caísse muito de produção; a Austrália aproveita e volta no jogo, fazendo oito pontos seguidos e despencando a vantagem pra apenas cinco pontos. Inspirado, David Andersen comanda a reação australiana no quarto. Ao final, Brasil faz 20 a 14 no terceiro período e vai para o quarto decisivo vencendo por 56 a 49.

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A seleção brasileira chegou ao último período buscando ampliar aos poucos a vantagem no placar. Bem na defesa e consciente no ataque, o Brasil consegue administrar uma boa vantagem de 10 pontos durante toda a primeira metade do quarto. Mas, com 3 bolas de três pontos e pressionando o Brasil na quadra toda, a Austrália consegue cortar a rapidamente a vantagem  brasileira no placar e encosta no jogo. Com dois erros bobos, Leandrinho é ejetado da partida com cinco faltas e complica o Brasil, que lidera o jogo por apenas dois pontos. Mas, com Huertas trabalhando bem a última posse de bola, primeiro renovando o cronômetro após um pé bola na defesa australiana e depois convertendo os dois lances livres na falta de Mills, a seleção abre quatro pontos de vantagem no placar e garante a vitória brasileira na estreia olímpica pelo placar de 75 a 71.

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