Em paralelo: Ponte para o Mundial
Logo mais começará o Torneio Sul-Americano de Basquete. Brasil e Colômbia se enfrentam às 18 horas (transmissão da ESPN Brasil). Será a primeira oportunidade de o público avaliar a nossa seleção B (ou seria a C?) de basquete.
O que era para ser um torneio do tipo cumprir tabela, tornou-se um motivo de preocupação para os brasileiros.
Isso porque logo em seu primeiro jogo preparatório, a seleção brasileira foi derrotada pelo Chile, país anfitrião do Torneio Sul-Americano. Para se ter idéia do que isso representa, o Brasil não fica atrás do Chile em um Torneio Sul-Americano desde 1941.
É difícil julgar essa equipe por apenas um resultado, ainda mais no início da fase de preparação, numa partida amistosa.
Todavia, o alerta está ligado. Afinal, a seleção brasileira treinada por Paulo Chupeta conta com um dos elencos mais fracos dos últimos tempos. Não apenas porque o Brasil paralelamente se prepará para o importante Torneio Pré-Olímpico, mas principalmente porque o selecionado principal já conta com uma série de desfalques (Nenê, Varejão, Leandrinho, Paulão, Valtinho…).
O título em si do Torneio Sul-Americano não conta muito, apesar do Brasil defender uma história de 17 títulos em 42 edições. O problema maior é que apenas as 4 equipes melhor colocadas no Torneio terão a oportunidade de disputar a Copa América e, consequentemente, uma chance de disputar uma vaga no próximo Campeonato Mundial. É aí que mora o perigo…
A Argentina certamente é a maior favorita a conquistar o título do Sul-Americano, mesmo contando com a sua equipe C, comandada por Paolo Quinteros e pelo peso pesado Román González. Não muito atrás vem o Uruguai, com uma equipe bem entrosada e comandada pelo dominador das Américas Esteban Batista, com seus fiéis escudeiros, Osimani e Mazzarino.
O Brasil que teoricamente deveria disputar o título com a Argentina, viria num terceiro escalao, mas não se sabe até que ponto haverá favoritismo entre esse elenco desfalcado e o desleal selecionado venezuelano. Para piorar, o Chile parece ser de fato uma ameaça real.
Resta apenas a Colômbia como saco de pancadas geral.
Ainda assim, acredito que a seleção conseguirá ficar entre as 4 melhores equipes e, considerando que o nível técnico do torneio é baixíssimo, não se espantem se o Brasil acabar conquistando o título.
A matemática para a classificação não é tão complicada. Com duas vitórias, apenas uma tragédia (leia-se desvantagem num tríplice empate) tiraria a vaga do Brasil no Pré-Mundial.
Assim, com a esperada vitória na estréia logo mais contra a Colômbia, o Brasil pode selar já amanhã o seu destino na competição, contra o Chile.
Em caso de derrota na quarta-feira, a seleção teria que superar o cansaço e, ao menos, um dos difíceis adversários: Argentina, Venezuela e Uruguai, nesta ordem. Ainda assim, lutaria pela vaga nos critérios de desempate.
Além desse pequeno drama em que se meteu o basquete brasileiro, o Torneio Sul-Americano servirá para acompanharmos alguns jogadores que poderão ser úteis no futuro, principalmente Guilherme Teichmann, Hátila Passos, Caio Torres e Dedé.
Boa sorte!