Enfim, Brasil se impõe
O placar da estréia libanesa contra a seleção grega já servia de aviso de que o Brasil não encontraria maiores dificuldades para vencer a primeira partida neste Torneio Pré-Olímpico.
Mas, por ser uma estréia, pela vitória do Líbano contra a França no Mundial 2006 e, principalmente, pelos fracassos recentes, era impossível não ter uma pontinha, por menor que fosse, de desconfiança.
Entretanto, a seleção brasileira não tomou conhecimento do time libanês e, assim como as grandes equipes fazem, impôs-se em quadra, garantindo um placar elástico (94 x 54).
E a vitória nasceu através de uma defesa muito agressiva e de um ataque que soube se aproveitar da fragilidade do garrafão libanês.
Pelo aspecto defensivo, impossível não destacar a atuação de Alex Garcia. Não é por acaso que Alex afirma ter o seu jogo inspirado em Bruce Bowen (San Antonio Spurs): com muita disposição, movimentação e impulsão, Alex infernizou a vida dos armadores libaneses. Destaque para um lance expecional, no qual Alex deu um belo toco e conduziu o contra-ataque, culimando com uma enterrada sensacional.
Tiago Splitter foi outro que se destacou pela atuação defensiva. Fica o registro, contudo, de que os arremessos livres desperdiçados podem fazer falta nas partidas decisivas.
Ofensivamente, o Brasil sequer precisou de muita movimentação para pontuar. O maior destaque foi Marcelinho Huertas, aliando agilidade e velocidade nas infitrações. No primeiro período da partida, quando a seleção começava a ser impor em quadra, ele foi disparadamente o nosso melhor jogador.
Murilo e Baby se aproveitaram do enorme buraco formado existente no garrafão libanês para marcar muitos pontos fáceis. Apesar de pontuarem menos, Splitter e Ricardo Probst se destacaram por arremessos de maior grau de dificuldade. Aliás, a valer pelas recentes atuações, Probst merece uma posição de mais destaque neste elenco.
A “surpresa” da partida foi a aparição do ala Marcus Toledo, que praticamente não jogou na fase preparatória. Marcus entrou em quadra já no início do segundo período e teve uma boa atuação no pouco tempo em que ficou em quadra.
Enfim, é complicado tentar tirar maiores conclusões de uma partida como esta. Contudo, os brasileiros ganham moral ao entrar novamente no seleto rol de seleções que se impõem diante de adversários frágeis. Jogos para valer são os dois próximos. Espero que sejam três…