Equipes do NBB terão jogadores de 19 anos em todas as partidas
Regra vale a partir do returno e visa estimular a integração de jovens atletas no processo de profissionalização
São Paulo – Entra em vigor a partir da primeira rodada do returno, nesta quarta-feira, a obrigatoriedade de todas as equipes terem pelo menos um jogador de 19 anos inscrito no elenco em cada um dos jogos do campeonato da Liga Nacional de Basquete (LNB). Os técnicos das equipes do NBB, reunidos no Rio de Janeiro, antes da festa do Jogo das Estrelas, no fim de semana, decidiram manter a obrigatoriedade para que a regra sirva de estímulo para a formação de jovens jogadores, uma das principais preocupações dos treinadores.
“Para mim é um fato normal porque o EC Pinheiros sempre trabalhou com a base e eu tenho três jogadores nessa faixa etária na equipe, inclusive um deles, o Vitor Benitez, é titular. Mas acho importante. Se não fizer o efeito esperado de imediato, servirá para que os clubes pensem nesse processo de formação e passem a integrar os meninos no processo do profissionalismo”, acentuou o técnico Cláudio Mortari, que comandou a equipe Rosa Branca, vencedora do confronto contra o Ubiratan, no Jogo das Estrelas, no domingo.
Lula Ferreira, técnico do Universo/BRB/Financeira Brasília, aponta a importância da medida no processo de renovação. “É uma forma de proteger os atletas mais novos, para que eles tenham espaço nas equipes. Isso é muito importante para o esporte, pois ajuda na renovação. É uma medida que não pode ficar isolada, mas é um bom começo.”
“Essa era uma regra que já havia sido discutida e a LNB divulgou até uma nota oficial sobre o assunto. Mas agora ela foi confirmada pelos técnicos, o que é bem positivo”, observou Kouros Monadjemi, presidente da LNB que comandou o encontro de avaliação técnica do NBB. Um das sugestões apresentada pelo dirigente para o futuro é a criação, correndo juntamente com o campeonato principal, de uma liga juvenil. “Os meninos poderiam fazer as partidas preliminares do NBB a cada rodada.”
O presidente da LNB observou que o NBB começou no dia 28 de janeiro e ainda não foi possível fazer a revolução que todos esperam para o basquete brasileiro de clubes. “O torneio tem menos de dois meses e o processo, da LNB em si, começou em outubro de 2008. Mas acho que tem sido incrível a caminhada até agora e a aceitação dos clubes, dirigentes, técnicos e jogadores. Conseguimos unir o basquete de clubes e agora estamos trabalhando pelo seu desenvolvimento.”
Kouros Monadjemi também destacou o aumento da divulgação do esporte, a partir da parceira com a Rede Globo, e a aceitação do público e da imprensa com as novidades implementadas pela LNB. “O basquete é um jogo muito interessante. A organização e a competitividade ajudam a atrair o público. Queremos que seja o segundo esporte na preferência do brasileiro.”
O relatório de mídia da LNB apontou um retorno geral equivalente a R$ 30 milhões em dois meses do NBB (24h35min de TV, incluindo 11 jogos transmitidos e 90 reportagens, 480 matérias na mídia impressa e 952 na internet, com 432 fotos). Em março, mês em que os retornos ainda não estão somados, o NBB já teve cinco jogos transmitidos, além de uma grande repercussão sobre o Jogo das Estrelas.
Credenciamento de técnicos
Na reunião de avaliação realizada no Rio, a LNB também discutiu a necessidade de adotar um credenciamento para os técnicos do NBB. Um encontro específico ainda será agendado para que cada um dos 15 profissionais que atuam nos clubes tenha espaço, em painéis temáticos, para expor sobre o seu trabalho com o esporte. Essa reunião técnica será a base para que se definam os critérios para o credenciamento. Os técnicos também querem discutir como os clubes atuam no trabalho de formação dos jogadores de base.
Assessoria LNB