Especial Olimpíadas: Grupo A

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Publicado em: 24/07/2012

Com a iminência do início dos Jogos Olímpicos de Londres, preparamos um especial que iremos soltando durante toda a semana para você, leitor, ficar por dentro de tudo o que vai acontecer de melhor nos jogos.

Para começar, preparamos uma análise de cada uma das seleções presentes no Grupo A do basquete masculino, o temido grupo da morte.

Argentina:

Campeões Olímpicos em 2004 e bronze em 2008, a Argentina vai à Londres para o último baile dessa vitoriosa e inesquecível geração. Experientes, trata-se de uma seleção repleta de competidores do mais alto nível e que estão mais do que habituados a atuarem juntos. Entretanto, pesa-se contra eles o fato de ser uma equipe em idade avançada (quatro dos 10 jogadores mais velhos que estarão em Londres são argentinos) e que não possui muita profundidade e opções confiáveis no banco de reservas. O garrafão argentino não mais intimida como outrora, e Scola terá que se desdobrar para fazer frente contra seleções maiores e mais fortes fisicamente. Apesar disso, o time comandado por Julio Lamas continua sendo extremamente perigoso e um dos principais candidatos à medalha olímpica. Também pudera; um time que tem o luxo de contar com um quinteto formado por Prigioni-Ginóbili-Delfino-Nocioni-Scola é capaz de bater qualquer seleção em qualquer lugar do mundo.

Estados Unidos:

Parece que foi ontem, mas já se vão seis anos desde a última derrota da seleção americana em competições oficiais. E a equipe que foi ao pódio em todas as vezes que participaram dos jogos vai a Londres como a principal favorita e candidata ao ouro no basquete masculino. Com um elenco fortíssimo, o USA Team tem como maior debilidade seu jogo interior. Com as ausências de Dwight Howard, Blake Griffin e Chris Bosh o treinador Mike Krzyzewski optou em levar aos jogos um time mais baixo e rápido, tentando tirar vantagem através de uma formação mais baixa e sem um pivô de ofício, explorando a polivalência e o físico de LeBron james, Carmelo Anthony e Kevin Durant nessas posições em determinadas situações de jogo. Mas, com um banco de reserva multifacetário e praticamente ilimitado em opções, os EUA deverão exercer uma intensa pressão defensiva em seus rivais e adotar o jogo rápido de transição de forma a impor sua superioridade física e técnica sobre os adversários. Mesmo sem a mesma força de outrora, somente um retumbante fracasso tira a medalha de ouro do time de Coach K. O provável quinteto titular do time deve ser: Chris Paul, Kobe Bryant, Kevin Durant, Lebron James e Tyson Chandler.

França:

Vice-campeão europeu, a França baseia seu jogo na inteligência de seus atletas, no entrosamento tático que acumula de uma base formada já há alguns anos e em um jogo forte de perímetro. Isso é vital para o time, que fisicamente apresenta debilidades, um garrafão baixo comparativamente a outras seleções candidatas à medalha como Rússia, Lituânia, Brasil, EUA e Espanha. Nos amistosos o time tem sofrido pra evitar a concessão de rebotes ofensivos aos adversários, como no último amistoso preparatório contra a seleção espanhola. A ausência de Joakim Noah, o principal homem de garrafão da equipe, será bastante sentida e o treinador Vincent Collet terá de achar uma forma de reverter essa situação. Outro fator chave envolve seu principal jogador, Tony Parker, que com problemas na vista, tem jogado os amistosos com um óculos de proteção, fazendo com que seu desempenho tenha sido abaixo do esperado, provavelmente devido a dificuldade de adaptação ao mesmo. O time leva pra Londres diversos outros jogadores conhecidos do público que acompanha a NBA, com destaques para o jovem e talentoso ala Nicolas Batum, e o experiente Boris Diaw, sempre útil pela sua inteligência e técnica. O provável quinteto titular do time deve ser: Tony Parker, Mickael Gelabale, Nicolas Batum, Boris Diaw e Ronny Turiaf.

Nigéria:

Talvez a principal surpresa do basquete FIBA neste ano, a Nigéria chega as Olimpíadas após uma surpreendente campanha no Pré-Olímpico Mundial, onde venceu a Lituânia durante a fase de grupos, a Grécia nas quartas-de-final (no jogo mais emocionante no torneio) e o perigoso time da República Dominicana na disputa de terceiro-lugar, que lhe garantiu a última vaga a Londres. Trata-se de uma equipe perigosa e que desde a vitória no amistoso contra a Grã-Bretanha, há cerca de um mês, veio se dando sinais de que poderia surpreender. Os principais jogadores da equipe são o pivô Ike Diogu, com passagens por vários times na NBA e Al-Farouk Aminu, ala do New Orleans Hornets. Todavia, a principal característica da equipe comandada por Ayo Bakare é o jogo coletivo, onde todos os jogadores tem a possibilidade de colocarem a bola debaixo do braço e decidirem. Pode soar contraditório, mas parece que o treinador nigeriano conseguiu construir uma inusitada homogeneidade à equipe a partir das individualidades de seus jogadores. Desta forma, não se surpreenda em ver nomes como o armador Tony Skinn e os alas Ade Dagunduro e Chamberlain Oguchi emergirem como protagonistas dessa curiosa e empolgante seleção.

Lituânia:

A seleção lituana se classificou através do Pré-Olímpico da Venezuela, e desde que se tornou país independente sempre chegou as semifinais de Olimpíadas, mesmo nunca tendo ganhado é nessa tradição de boas campanhas que apostam para fazer bonito em Londres. A equipe conta com jogadores muito experientes vindo do banco como Sarunas Jasikevicius e Rimantas Siskauskas, mas aposta no talento de Linas Kleiza e seu gatilho de 3 pontos para beliscar uma medalha. Para isso, vai depender muito da atuação do jovem Jonas Valanciunas, de apenas 20 anos e que foi draftado no ano passado pelo Toronto Raptors e que, com a lesão do experiente pivô e capitão da equipe Robertas Javtokas, terá a chance de ser o pivô titular nos jogos e que,  por isso, será vital que ele tenha sólidas performances para a continuidade de boas atuações de seu selecionado na história recente das Olimpíadas. Provável quinteto: Mantas Kalnietis, Martynas Pocius, Jonas Maciulis, Linas Kleiza e Jonas Valanciunas.

Tunísia:

Estreantes em Olimpíadas, a Tunísia garantiu a vaga para os jogos de Londres após uma belíssima participação no último Afrobasket, disputado em Madagascar, onde com muita ousadia conseguiu acabar com a histórica hegemonia da Angola no basquete africano que durava 12 anos. Entretanto, em nível olímpico a equipe comanda por Adel Tlatli deverá ter dificuldades em conseguir impor seu jogo dentro da área pintada e a falta de experiência em competições desse nível deve pesar. O principal destaque da equipe é o pivô Salah Mejri, um ótimo defensor e que conta com sua boa altura (2,14) e porte físico para intimidar os adversários e garantir uma atuação digna de seu país nos jogos. O armador Marouan Kechrid também é outro bom nome desse time e foi o herói da final do Afrobasket ao anotar 21 pontos contra o time angolano. Contudo, talvez o principal desafio da Tunísia em Londres será o duelo contra a Nigéria, outro time africano que surpreendeu a todos no Pré-Olímpico Mundial. Deste duelo deverá sair o último colocado da competição. Provável quinteto: Marouan Kechrid, Mourad El Mabrouk, Amine Rzig, Makrem Bem Romdhane e Salah Mejri.

Gostaram? Amanhã é a vez do grupo do Brasil!

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