Especial TOP 10 – Copa América – armação

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Publicado em: 29/07/2009

Especial TOP 10 Copa América.

Melhores armadores.

Cinco votantes.

Editoria do Draft Brasil.

20 dias para o início da Copa América.

Em jogo: 4 vagas para o Mundial da Turquia-2010.

Começamos nosso especial da Copa América pela armação. Para delimitar melhor a votação, definimos que trataríamos aqui dos jogadores de posição 1 e 2. Cada um dos cinco que votaram, Alfredo Lauria, Guilherme Tadeu, Henrique Gonçalves, Lucas de Souza e Raoni Moretto, estabeleceram uma lista de 10 nomes. Os primeiros receberam 10 pontos, os segundos 9 e assim consecutivamente. Ao todo, 11 nomes foram lembrados, portanto, só um dos votados, não entrará na lista: o uruguaio Osimani.

Cabe lembrar que a discussão aqui não é quem tem a melhor carreira ou quem é mais jogador tecnicamente mas sim quem mais pode colaborar para a sua equipe e se destacar na Copa América deste mês. Os parâmetros que mais foram levados em consideração além, obviamente, do nível técnico do jogador, foram suas experiências em regras FIBA e suas participações com a seleção e clubes de nível continental.

Sem mais, lá vai, do 10 ao 1.

10) Luis Flores – República Dominicana – 5 pontos no ranking DB

Se é verdade que nem tudo são flores para o time dominicano, que sequer conseguiu reunir as anunciadas estrelas  (por enquanto, só Villanueva e Garcia se apresentaram) para treiná-las para a Copa América, ter um armador com passagem (ainda que pra lá de discreta) pela NBA pode servir como consolo.

Em nossa votação, Flores teve um mérito: foi escolhido como o décimo melhor armador por todos os votantes.

Desde que renegado pela liga profissional dos EUA, Flores passeou pela Lega Due italiana e a não menos ousada liga grega. Na última temporada, defendeu o Hapoel Holon da liga israelense com um volume muito maior de arremessos do que de passes.

9) Marcelinho Huertas – Brasil – 12 pontos no ranking DB

Fosse feito esse ranking no ano passado, é certo que o melhor armador 1 brasileiro estaria muito melhor posicionado. Não é fácil ser eleito o melhor jogador de sua posição na melhor liga nacional do mundo extra-NBA.

A partida para a Itália, porém, deixou marcas na avaliação do bom jogador brasileiro: além de fazer uma temporada inferior à sua em Bilbao, o atleta terminou da pior maneira possível: rebaixado.

A volta por cima pode começar liderando a seleção, como, sejamos justos, ele já fez no Torneio de Acrópoles, há cerca de um ano. Um ano mais velho e melhor acompanhado, Huertas pode provar que tem talento.

8] Earl Watson – México – 17 pontos no ranking DB

Earl Watson tem uma carreira sólida na NBA. O atleta completará, na próxima temporada, uma década de liga, atuando mais que 20 minutos em média.

Apesar da solidez, Watson está bem longe de ser um jogador que traz, imediatamente, a um time um poderio avassalador (como faria, por exemplo, Steve Nash ao Canadá). Porém, quando a seleção mexicana informou que convocaria o jogador, logo pensamos que escalado ao lado de Ayon, Beck, Najera e Llamas, tê-lo como armador poderia ajudar certamente para dar ritmo a um time absolutamente inconsequente.

6) Larry Ayuso (Porto Rico) e Leandro García Morales (Uruguay) – empatados com 27 pontos no ranking DB

Leandro Garcia Morales é um exímio arremessador que traz qualidade ao perímetro uruguayo. Destaque do Biguá (time uruguayo que vem se destacando no cenário sul-americano), Morales é um pontuador sólido e que pode muito bem ser a válvula de escape do seu time. Como a equipe abusa do talento de Esteban Batista dentro do garrafão, o perímetro sempre encontra espaços e Leandro é o jogador mais competente para aproveitar as lacunas. Por fim, sua qualidade nos lances livres (mais de 90% de aproveitamento nas últimacompetições clubísticas) elevam o nível de seu jogo.

Larry Ayuso é conhecido por todos aqueles que acompanham o basquete latino na última década. Aos que ainda não sabem de suas armas, é simples: trata-se talvez do maior gatilho da América Latina. Muitos comentaristas brasileiros gostam de minimizar os jogos da equipe porto-riquenha com o tosco argumento que “no dia que as bolas deles caem…”.

Se tal bravata mostra, de certa maneira, como os porto-riquenhos são dependentes das bolas de fora, omitem o incrível talento que o time possui no perímetro. Ayuso é experiente e extremamente capaz para pontuar.

Prova disso são as constantes derrotas a que somos submetidos por este ousado time centro-americano.

5) Paolo Quinteros  – Argentina – 29 pontos no ranking DB

Quinteros será um dos poucos jogadores do campeonato com participações olímpicas. O ala está, pelo fato de  participar da campanha do bronze em Pequim, ao lado dos também argentinos, Scola (ouro e bronze), Kammerichs (bronze), Roman Gonzalez (bronze) e Léo (ouro e bronze) e Juan Gutierrez (bronze), na seleta lista dos que já receberam a honra de medalhar na maior competição esportiva do mundo.

Com a ausência de Carlos Delfino no Pré-Olímpico, Paolo Quinteros terá que dar um passo adiante em seu jogo. O ala-armador argentino é experiente e vem de boas atuações com a seleção nos últimos torneios que disputou. Quinteros é mais um desses exímios chutadores sul-americanos. Seu chute de três é afiadíssimo e sua inteligência dentro de quadra bastante apurada.

4) Danilo Pinnock  – Panamá – 30 pontos no ranking DB

Cuba abriu mão de sua vaga na Copa América que caiu no colo do Panamá e, com isso, teremos a oportunidade de mais uma vez acompanhar Danilo Pinnock, o atlético ala-armador panamenho, que costuma carregar a sua equipe nas costas.

Dá para esperar muitos pontos, jogadas de efeitos e enterradas.

Vitórias do Panamá talvez já seja pedir demais…

O jogador é considerado um dos talentos mais mal aproveitados no basquete mundial. Foi draftado em 2006 mas não jogou na NBA. Andou pela Europa em ligas inferiores e chegou a acertar com o Libertad Sunchales, onde jogou pouco e longe de seu melhor nível.

No Pan do Rio, encantou a todos, mas um em especial: o treinador de Joinville, Alberto Bial, que tentou inclusive contratá-lo. Quem sabe alguma equipe do NBB não se empolgue com o talentoso jogador na Copa América e arrisque trazê-lo para cá.

Certamente se trata de um dos mais talentosos jogadores para vermos na competição de logo mais.

3) JJ Barea – Porto Rico – 32 pontos no ranking DB

Mais um porto-riquenho para a lista de armadores.

José Juan Barea tem conquistado seu espaço no elenco poderoso do Dallas Mavericks, mesmo este tendo Jason Kidd como intocável.

Velocidade e qualidade são dois adjetivos que podem qualificar bem o porto-riquenho Barea. O baixinho (1,80m) costuma acelerar o jogo de maneira incrível e como todo porto-riquenho tem dias imparáveis do perímetro.

Na seleção, apareceu com grande destaque no Pan do Rio, quando sem os mais experientes, guiou um time fraco às finais (para perder para o Brasil). Ao lado dos medalhões, tem colaborado para manter Porto Rico como uma das mais perigosas seleções latinas.

2) Leandrinho – Brasil – 45 pontos no ranking DB

Essa talvez seja a escolha mais polêmica do primeiro dia do Especial top 10 que aqui promovemos.

Leandrinho pode até ser o jogador das posições 1/2 mais talentoso desta competição. É o que mais tem capacidade de pontuar e a sua temporada ruim nos EUA não pode nos fazer esquecer as incríveis duas anteriores – sendo uma delas premiada com o título de melhor reserva da liga.

Acontece que todos esperam a grande atuação do atleta na seleção brasileira (que possa  apagar, por exemplo, este terrível jogo contra os EUA). Já vieram bons jogos, grandes pontuações, mas elas só serão lembradas quando o todo for bem sucedido. Talvez a Copa América seja o primeiro passo para isso.

A falta de armadores 1 para o banco da seleção pode forçá-lo a jogar em uma posição na qual ele já mostrou que não se sente à vontade por alguns minutos. Isso certamente pode ferir o seu jogo.

Cabe a lembrança que será a primeira vez que Leandrinho será treinado por Moncho Monsalve.

1) Carlos Arroyo – Porto Rico – 49 pontos  no ranking DB

Carlos Arroyo é o dono do time de Porto Rico. É fato Barea é um excelente jogador. É também verdade que Larry Ayuso contribui demais para desafogar a equipe e que até mesmo PJ Ramos e Daniel Santiago, com suas trombadas lá dentro, conseguem alguma coisa.

Mas o armador que já passou pelos Jazz, Pistons e Magic, e que agora joga no Maccabi Tel Aviv, é o grande líder dessa equipe que não só tem nos vencido nas últimas competições continentais, como tem sido a terceira força latina ao longo da década.

Poucos que se lembram daquele jogo fantástico nas Olimpíadas de Atenas contra os Estados Unidos de Tim Duncan e Cia contestarão essa decisão. Arroyo simplesmente dizimou os poderosos estadunidenses em uma das maiores atuações do nível FIBA recente.

Com um estilo absolutamente ousado, recheado de bolas de 3 e de passes sem olhar, o armador pode até mesmo ser chamado de peladeiro com certa justiça. Mas há de se dar o mérito: é um dos jogadores mais decisivos e corajosos que entrarão em quadra no próximo mês. Jogando para sua torcida, fica difícil pensar em outro como melhor armador da competição.

Texto de Guilherme, Raoni e Alfredo.

Não perca amanhã a lista dos melhores alas (posição 3).

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