Estréia coluna do Olivinha: o Pinheiros no NBB2 2009/2010

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Publicado em: 15/04/2010

Meu nome é Carlos Alexandre Rodrigues do Nascimento, mais conhecido no meio do basquete como Olivinha, sou jogador do Pinheiros/SKY e estou aqui para contar um pouco da nossa temporada. Primeiramente, essa idéia surgiu com um convite do editor do site o Guilherme Tadeu. Momentaneamente fiquei bem pensativo, mas depois fui me acostumando com a idéia e vou tentar me aventurar aqui.

No nosso inicio de temporada já tivemos duas pedreiras pela frente, Brasília e Minas, nos dois jogos fizemos boas apresentações, mas no primeiro, acho que a experiência de Brasília contou mais alto no decorrer da partida e eles saíram vitoriosos. No seguinte, contra o Minas, fizemos uma apresentação melhor defensivamente os limitando a 70 pontos e conseguimos nossa primeira vitória no campeonato. Com esses dois primeiros jogos já tínhamos uma base de como nossa equipe se comportaria no decorrer do campeonato, pois pegamos dois times que são cotados ao titulo. Perdemos uma, ganhamos outra, tivemos mais 4 jogos com a mesma formação e não tivemos uma campanha tão boa como era esperado: 3v e 3 d, quando na sétima rodada estreou nosso novo armador – o americano Jamison Brewer, jogador bastante experiente com passagens pela NBA e pelo basquete europeu e que deu outro tipo de jogo a nossa equipe. Jogamos contra o Flamengo no RJ e chegamos a abrir uma vantagem de 13 pontos em um certo momento do jogo, mas no final não conseguimos resistir e perdemos por 7. Ali já se via a melhora do time com o novo reforço.

Fomos caminhando no campeonato com altos e baixos, tropeçamos algumas vezes, mas nunca abaixávamos a cabeça; após toda derrota sempre tínhamos 4 dias para consertar nossos erros e tentar não repetir-los nas próximas partidas. Os últimos 3 jogos da fase de classificação foram muito importantes para nossa equipe, Franca, Assis e Bauru – os dois últimos eram adversários diretos. Sabendo disso fomos jogar lá no Pedrocão em Franca e conseguimos sair com uma vitória, coisa que poucas equipes conseguem no campeonato.Voltamos para nossa casa com o moral elevado e ganhamos com certa tranquilidade de Assis – embora tenhamos deixado eles encostarem, mas acabamos ganhando por 3 pontos. Nosso último jogo da fase de classificação foi contra Bauru e tínhamos que ganhar de qualquer maneira para nos classificarmos na frente deles na disputa para os playoffs e conseguimos nosso objetivo ganhando na prorrogação por 9 pontos. Fechamos, assim, a fase de classificação na 6ª posição.


Os playoffs

Nos playoffs pegamos nosso maior rival, o Paulistano. Já tínhamos os enfrentado no Campeonato Paulista e perdido a série por 3×2 – de virada, sendo que estávamos ganhando de 2×0. Por tudo que tínhamos passado, essa série era questão de honra para o nosso time. Tratamos de treinar bastante forte durante a semana do jogo e fomos concentrar em um hotel. Tudo isso para ficarmos só pensando no jogo. No dia da primeira partida eu via na expressão de cada jogador nosso que estávamos focados. Para nós era guerra!

E no primeiro jogo nós fomos muito bem: chegamos a colocar mais de 20 pontos de diferença, não demos chance nenhuma para a equipe adversária, e fomos para casa bastante felizes pelo nosso feito. Antes do jogo tínhamos falado da importância de conseguir uma vitoria fora de casa na série e foi o que conseguimos, dando um passo muito importante rumo à classificação.

O 2º jogo da série foi mais pegado. A equipe deles sabia que se não conseguisse uma vitória ficaria difícil buscar uma virada pra cima da gente e entraram com tudo no jogo; ficaram na frente uma boa parte da partida e,no ultimo quarto, chegaram a abrir uma diferença de 7 pontos. Mas nossa equipe não queria perder aquela oportunidade de jeito nenhum e fomos buscar com bastante garra a partida que muitos já estavam dando por vencida. Final do jogo: ganhamos por 2 pontos e conseguimos abrir 2×0. Estávamos na mesma situação do Campeonato Paulista quando abrimos 2×0 e permitimos a virada. Mas dessa vez a situação era diferente, não iríamos permitir de jeito nenhum outra virada daquela. Após o jogo fomos nos concentrar no hotel novamente; todos falando em fechar em 3×0, mas sabíamos que não ia ser nada fácil.

No nosso terceiro jogo, nosso americano Shamell estava com uma gripe muito forte e foi para o jogo mesmo assim, demonstrando que estava empenhado em jogar mesmo com as condições físicas não muito boa. Nossa equipe, se não me engano, ficou na frente do placar o tempo todo, com o Paulistano sempre chegando perto. Faltando 1:30min tínhamos 5 pontos de diferença e não soubemos administrar, e o Paulistano se aproveitou dos nossos erros e conseguiu baixar a diferença para 1 ponto faltando 30 segundos. Eles tinham a bola na mão e praticamente o último ataque do jogo, pois se eles convertessem a bola nos restaria poucos segundos para correr pro ataque e tentar fazer a cesta, mas felizmente não foi isso que aconteceu. Ganhamos por 1 ponto e conseguimos fechar a série por 3×0. Foi uma varrida no nosso maior rival e estávamos merecendo isso pelo o que tinha acontecido no Paulista.

Bom, eu vou encerrando o meu texto por aqui, espero que todos gostem e espero que o Pinheiros/SKY possa ir mais longe no campeonato. Temos uma série muito dura contra Franca e conto com a torcida de vocês para que possamos sair vencedor desse confronto e avançar para a semifinal do NBB 09/10.

Olivinha
@Olivinha16
Foto: LNB

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Visite também a Coluna de Tony Stockman, de Franca

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