Invicto há 13 jogos, Brasília entra de vez na briga pela liderança
Enquanto o Flamengo ia fazendo história na 5ª edição do Novo Basquete Brasil (NBB), passando por cima dos adversários e ficando invicto nas 20 primeiras rodadas, os tricampeões do UniCeub/BRB/Brasília, após 20 partidas disputadas, também tinham boa campanha, acumulando 16 resultados positivos. Mas a equipe do Distrito Federal, assim como os demais times, estavam sendo menos falados justamente por causa do rubro-negro da Gávea, que com atuações seguras e recordes atrás de recordes era o adversário a ser batido e prometia fazer uma campanha histórica. Encostar no Flamengo e tentar assumir a 1ª posição parecia algo que não iria acontecer, mas depois de 27 rodadas, o Brasília já incomoda o maior rival, estando apenas a 2 vitórias atrás, tendo disputado 1 jogo a menos.
A reação dos comandados de José Carlos Vidal dentro da competição, começou justamente após um revés inesperado, perdendo para o Vila Velha, fora de casa, por 94X85, no dia 19 de janeiro de 2013. Sem Nezinho, um dos principais organizadores de jogadas do basquete brasileiro, o Brasília viu os norte-americanos Jay Parker e Benzon Simmons comandarem a única vitória da equipe capixaba contra os “candangos” em 9 partidas na história do NBB. O primeiro anotou 26 pontos e pegou 6 rebotes, enquanto o segundo auxiliou com 19 pontos.
Uma derrota fora dos planos poderia atrapalhar a sequência da equipe para o restante da fase de classificação, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Desde a volta do Espírito Santo para Brasília, os tricampeões do NBB aproveitaram uma sequência de 6 partidas em casa e, embalados, já acumulam 13 vitórias seguidas no NBB 5.
A seqüência invicta da equipe de Brasília começou com a vitória sobre a Liga Sorocabana em janeiro. (foto: Brito Júnior/Divulgação)
Dois dias depois da derrota, no dia 21 de janeiro, a equipe treinada por Vidal derrotou o Liga Sorocabana em Brasília. Logo na sequência vieram os times do Mogi das Cruzes, São José, Bauru, Franca, Uberlândia, novamente Liga Sorocabana e Bauru, Flamengo, Tijuca, Basquete Cearense, Limeira e Joinville. Todas essas equipes tentaram, mas nenhuma delas conseguiu parar o Brasília, nem mesmo os 2 últimos adversários (Limeira e Joinville), que além de terem jogado em casa, não precisaram se preocupar com Alex Garcia, que estava suspenso e não atuou.
Nos 13 jogos de invencibilidade, tanto o ataque quanto a defesa cresceram de produção. Defensivamente, destaque para os jogos contra fortes candidatos como o São José, que conseguiu anotar apenas 57 pontos, o Bauru, que parou nos 60, e contra o Flamengo, time de melhor ataque no NBB 5 com média de 90 pontos por jogo, mas que na noite do dia 21 de fevereiro, jogando no ginásio Nilson Nelson, ficou nos 70. Na sequência invicta, o Brasília sofreu em média 75,1 pontos, contra 82 sofridos nos 13 primeiros jogos na competição.
O ataque não ficou para trás. Antes da série de bons resultados, o Brasília anotava em média 86,7 pontos, número que subiu, passando a marcar 91,3 por jogo. Essa evolução fez com que o time do Distrito Federal passasse a ser o 2º melhor ataque do NBB, com médias de 89,04 pontos feitos, se tornando também o mais eficiente da competição.
O Brasília tricampeão do NBB tinha em Alex, Nezinho, Guilherme Giovannoni e Arthur suas principais peças. O do NBB5, além de ter mantido seus principais medalhões, trouxe o pivô Paulão Prestes, que construiu sua carreira praticamente no exterior. A aquisição veio para reforçar ainda mais o já fortíssimo elenco.
Em excelente fase e conseguindo manter a superioridade contra o Flamengo, tendo vencido 3 dos 4 confrontos oficiais já realizados nesta temporada, sendo um deles pelo NBB, um pela Liga Sul-Americana e um pela Liga das Américas, Brasília está muito perto de fazer o que poucos imaginavam e que poderia acontecer na fase de classificação do NBB 5: ter a chance de terminar com campanha superior ao clube carioca.
