Karla Costa em entrevista para o Draft Brasil, por Marcos do Carmo
Ela nasceu em Brasília, começou a jogar basquete na Unidade Vizinhança, clube da nossa bela capital federal e o basquete foi fazendo parte de sua vida. Logo se transformou em uma grande jogadora; os grandes clubes foram aparecendo em sua vida, defendeu as equipes paulistas da Ponte Preta , BCN , Microcamp, Santo André e São Paulo/Guaru; defendendo o basquete do Paraná, de Minas Gerais, jogando pelo Juiz de Fora e Rio de Janeiro.E para aumentar mais ainda sua bagagem, a bela Karla atravessou o Oceano chegando em quadras européias, atuando na Polônia e no famigerado basquete da Rússia. Alcançou o que todo atleta sonha, a seleção brasileira e muito ajudou o basquete do nosso país.
Muitos são os títulos que conquistou: Copa América, Sul-Americano, por duas vezes ajudou o Brasil a se classificar para as Olimpíadas e conquistou um honroso 4º lugar nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004). Pelos clubes, é tri-campeã paulista sendo que o último foi pelo Catanduva (2008), campeã nacional e também um 4ºlugar na Copa da Rússia em 2004.
Mas Karla não é só isso, Karla é alegria, simpatia, elegância, charme, distinção. Quando entra em quadra, até a bola parece ficar mais feliz, pois sabe que será tratada com mais amor ainda. E por falar em amor, tive a honra de fazer este “triple double”: basquete, DRAFTBRASIL, e Karla; pois fui “escalado” para entrevistar Karla, falar de basquete para este site. Apesar de conhecer a carreira desta jogadora há anos, somente no ano passado e lá na Espanha, fui conhecê-la pessoalmente, quando fui fazer a cobertura do Pré-olímpico.
Vamos conhecer um pouquinho mais sobre Karla Cristina Martins da Costa, que defende o basquete de Americana. Esta bela brasiliense tem 1,73m de altura, mas o amor, a vontade de vencer e a dedicação total ao basquete são incomensuráveis.
DRAFTBRASIL – Karla, conte um pouco de como você iniciou sua carreira no basquete e quem eram seus principais ídolos?
Comecei aos 10 anos no Vizinhança, por influência da minha prima,meu irmão e meu tio,todos eles jogavam e acabei seguindo o mesmo caminho.
Sempre gostei da Paula e Hortência,e depois a Branca,tentava imitar tudo que elas faziam.
DB – Quando você atuava pelo Vizinhança, chegou a sonhar com a seleção brasileira?
Sonhei sempre e sempre vou sonhar com a seleção, representar o meu país é maravilhoso.
DB – Quem mais a incentivou a gostar de basquete?
Meus pais foram meus grandes incentivadores, nunca me deixaram desistir e sempre estiveram sempre ao meu lado.
DB – O que mais falta às categorias de base do basquete feminino para que o nosso basquete cresça mais?
Falta mais gente querer formar as atletas, hoje em dia, todos já querem as atletas formadas.
DB – Você que já atuou em vários estados, como analisa a estrutura do nosso basquete feminino?
Acredito que hoje o basquete está sem credibilidade, falta quem queira investir. Por conta disso, muitas equipes estão fechando as portas.
DB – Você que atuou na Europa, que vantagens obteve? Euros? Que trouxe de benefício para o seu jogo?
Apesar de não ter ficado muito tempo lá, foi suficiente para aprender muito,outros técnicos, outros estilos de jogo e principalmente, amadureci muito lá fora.
DB – Como está vendo o atual momento do basquete masculino, com sua liga e até que ponto isso pode ajudar o feminino?
Acho que o basquete feminino sempre esteve em segundo plano, isso não é novidade pra ninguém, mais se é preciso o masculino começar, que seja assim, apenas espero que logo olhem para o feminino da mesma forma.
DB – Um campeonato Nacional Feminino é praticamente um campeonato Paulista, que sugestões você tem para difundir o feminino para o Brasil todo?
Acredito que enquanto não tivermos mais patrocinadores, mais equipes, há pouco há se fazer, apenas rezar para que isso mude logo.
DB – Como está sua Americana para este ano e quais são seus planos para as próximas temporadas?
Americana está caminhando no sentido certo, pés no chão com uma equipe ótima, acredito em trabalho e é isso que estamos fazendo todos os dias.
DB – Sei que já jogou machucada e jogou muito bem, onde você tira toda essa força?
Amo jogar basquete, isso é tudo pra mim, e não vai ser uma contusão que me deixara de fora!!!rsrsrs
DB – Quando você vai fazer um arremesso à cesta, o que pensa naquele momento?
Acho que em nada, apenas sei que treinei muito e que arremessei para acertar.
DB – Qual a maior alegria que o basquete já lhe proporcionou?
Participar de uma olimpíada já havia sido minha grande conquista, duas então, sou uma pessoa abençoada…
DB – Karla, agora vamos fazer uma competição de “três pontos”:
DB – Um livro
Qualquer um da Zibia Gasparetto
DB – Um filme
Marley e eu.
DB – Um lugar inesquecível
Brasilia
DB – Uma cidade
Brasilia
DB – Um país mais exótico
Russia
DB – Prato preferido
Camarão de qualquer jeito…rsrs…
DB – Amor
Minha vida.
DB – Amizade
Meus poucos e verdadeiros amigos
DB – Deus
Minha força.
DB – Um sonho
Ver o basquete feminino brilhar novamente
DB – Qual a cesta mais certeira que já fez em sua vida?
Acho que cesta não tenho nenhuma tão importante, mais acho que acertei quando escolhi jogar basquete.
DB – Karla, quero agradecer por tudo que fez e continua fazendo pelo nosso basquete, peço que deixe uma mensagem para todos aqueles que gostam de basquete e em especial, para seus fãs (aqui eu me incluo).
Eu que agradeço, acredito que se existissem mais pessoas apaixonadas pelo basquete como você, muitas coisas poderiam mudar…
E acreditem nos seus sonhos, mesmo que eles pareçam impossíveis, trabalhem com honestidade, seriedade, que com certeza eles irão se realizar…
Beijo grande!
Entrevista por Marcos do Carmo
Fotos: Acervo pessoal de Karla + Marcos do Carmo
Marcos do Carmo é jornalista e cobre basquete há 10 anos, sendo o mais novo colaborador a ingressar na equipe Draft Brasil. Visitem o blog: www.chuamarcos.blogspot.com, onde os leitores podem encontrar mais textos de Marcos do Carmo.