Lituânia 92 x 79 Nova Zelândia: belo duelo de craques
Linas Kleiza lidera a Lituânia na estréia. Foto: FIBA
Já na sua estréia os lituanos empatam o numero de vitorias que tiveram ano passado no Eurobasket com seguros 92-79 sobre a Nova Zelândia. O que não significa que a Lituânia já reagiu da crise que assola o tradicional basquete do país, mas confirma que eles devem fazer uma campanha digna no mundial com a força da tabela que colocou muitos times de médio para fracos e somente a Espanha no seu caminho. O jogo em si nos apresentou um duelo muito interessante entre dois dos melhores pontuadores do mundial Linas Kleiza e Kirk Penney. 35 pontos com 7 rebotes para Penney e 29 pontos com 6 rebotes e 2 assistências para Kleiza.
Desde os Lakers de 2006 que não vemos um time com um ataque similar ao dos novazelandezes. Kirk Penney é literalmente a primeira, segunda, terceira e quarta opção do ataque e cabe aos demais 4 jogadores defender e conseguir lhe passar a bola (não a toa Penney esteve em quadra por quase 39 minutos). Quando ele não consegue se posicionar para o arremesso ou cavar uma falta, seus companheiros geralmente terminam em arremessos de 3 próximo do estouro do relógio (o time terminou 4-24 no jogo). Não é um dos basquetes mais bonitos, mas é aplicado e conhecedor das suas limitações, inclusive se aproveitando bem dos pontos fáceis que a defesa criava. E Penney efetivamente causava terror na defesa lituana como os 20 lances livres por ele cobrados deixam claro.
Mas a estrela do jogo foi mesmo Linas Kleiza que parecia estar em todos os lugares da quadra e deu uma boa mostra da sua inteligência e versatilidade, nunca forçando nada. O time lituano é certamente mais talentoso que o da Nova Zelândia, mas está longe de algumas de suas equipes passadas se sobressaiu mesmo com a sua esperteza, dominando um jogo de meia quadra e criando muitas oportunidades próximas a cesta (contra uma boa e aplicada defesa converteram 77% das suas bolas de 2 pontos). Paulius Jankunas, Tomas Delininkaitis e Mantas Kalniatis, em especial deram belo apoio a Kleiza. O astro foi especialmente essencial quando a pressão defensiva da Nova Zelândia quase a devolveu para o jogo.
