Melhor que a encomenda
Muito se dizia sobre os movimentos da lendária – para o bem e para o mal – franquia de New York nesta agitada Free Agency de 2010. Há quem diga que apostavam todas as fichas no “Projeto Lebron”, tanto que a priori todos movimentos do time nos últimos anos induziam a isso. Contudo, “a decisão” de Lebron James pode ter sido um balde de água fria em Donnie Walsh, D’Antoni e nos torcedores, ou não.
Acho que poucos imaginavam que o Knicks teria uma carta na manga, um plano B tão promissor e na opinião deste que vos escreve, melhor a hipotética ida de Lebron James para NY. Começaram com o acerto de Amar’e Stoudamire – alguns diziam que foi mais um atrativo para induzir Lebron a assinar também. É consensual o ponto de interrogação sobre a saúde – principalmente dos joelhos – do pivô, apesar de não ter perdido um jogo nas últimas quatro temporadas por conta de algum problema desta natureza. O problema que teve em seu olho foi uma fatalidade. Mas em uma liga que pagam 55 milhões para Brandan Haywood, não tem como reclamar em pagar o máximo para, em uma visão pessimista, o melhor pivô disponível no mercado ao lado Chris Bosh.
Entretanto, foram nos demais movimentos do time que vislumbro novos ares para a franquia. Era iminente saída de David Lee após cinco temporadas e uma relação já desgastada – Lee nunca foi unanimidade entre os dirigentes. Apesar disso, conseguiram a meu ver uma boa troca com o Golden State Warriors recebendo o promissor Anthony Randolph e os aguerridos Ronny Turiaf e Kelenna Azubuike, estes dois últimos com bom jogo e contratos expirantes que, juntamente com o expiring de 11milhões de Eddy Curry, trarão uma boa mobilidade financeira para o time na próxima temporada. Boatos dão conta que os Knicks buscam uma flexibilidade financeira para que possam, nas próximas duas temporadas, ter condições de oferecerem dois contratos máximos. Além disso, foram até a Rússia buscar o jovem e atlético pivô do Khimki Moscow, Timofey Mozgov, assinando por 3 temporadas no valor de 9,7 milhões.
Assinaram também com o melhor armador disponível neste ano, o competente Raymond Felton, montando um núcleo, se não o mais aguardado pelos torcedores, interessante para o próximo ano. Longe de ser um time que brigue por título, mas os de certa forma surpreendentes movimentos da equipe sugerem tempos melhores para o time de New York. Abdicar de apostar em um time badalado pode constranger os torcedores que aguardavam por nomes mais famosos, mas é um sopro de esperança por tempos melhores pelos nostálgicos fãs dos Knicks dos anos 90.