Memphis vence o jogo 4 e complicam S.A. Spurs
A noite de ontem pregou mais uma peça nos multi-campoeões do San Antonio Spurs. Com um jogo coletivo muito forte (nenhum atleta passsou dos 15 pontos) e uma defesa muito bem postada e atenta, o Memphis Grizzilies fez 3 x 1 na série e complicou de vez a situação dos texanos.
O jogo começou muito equilibrado, com um primeiro período em que nenhuma equipe conseguiu abrir e teve o Spurs como protagonista e faltando 0:02 seg para o final do período, cesta de Vasquez para reduzir a diferença para cinco pontos: 26 x 21. No segundo período, mais uma vez o jogo muito parelho, com 5:04 min restantes, OJ Mayo vira o jogo para Memphis, 41 x 39, na primeira liderança da equipe desde os 4 x 0 iniciais. As equipes foram para o vestiário com San Antonio na frente por dois pontos: 50 x 48.
O segundo tempo foi o contrário do primeiro. Com 0:30 seg jogados, Memphis empatou e a partir daí, a equipe do Tennessee não olhou mais para trás. Durante 4:20 min somente Memphis pontuou e abriu uma diferença de doze pontos no placar. Porém, o Spurs reagiu e faltando 3:12 min para o final, a difrença caiu para cinco pontos, para apreensão de todos no ginásio, mas passou. E esta foi a meno diferença registrada até o final do jogo, quando Memphis chegou a colocar vinte e dois de vantagem para terminar com dezoito de frente: 104 x 86.
Pelo Grizzilies, não é fácil escolher um nome que fez a diferença. O time inteiro se portou muito bem. Darrell Arthur, talvez, tenha sido um dos principais nomes, uma vez que entrou, levantou a torcida com enterradas e cestas na cabeça do garrafão. Mike Conley teve apenas um desperdício de posse para sete assistências. Também foi bem.
Zach Randolph e Marc Gasol. A dupla de garrafão de Memphis vem causando estragos na série. Por enquanto, não conseguiram ser detidos por Tim Duncan e companhia
Mas, o que causou estragos foi novamente a dupla de garrafão Zach Randolph e Marc Gasol. Menos pelos números, mais pelo volume de jogo. Quase todos as movimentações de Memphis passam pela mãos dos dois, que jogam juntos, se procuram o tempo inteiro na quadra, seja via ”high-low”, seja por bloqueios sem a bola entre eles. Marc Gasol jogando na cabeça do garrafão tem dado trabalho demais, retirando um pivô pesado do centro da defesa dos texanos e abrindo corredores para os atléticos laterais de Memphis. Zach, por sua vez, está longe do cara fominha que marcou boa parte da sua carreira. Passa a bola com qualidade, força as jogadas certas e tem sido mais do que útil no poste baixo para atrair a defesa adversária. O sucesso de Memphis na série, definitivamente, passa por estes dois nomes.
Tony Parker tentou de tudo, fez uma boa partida, mas ainda assim não foi o suficiente para sua equipe sair com a vitória
San Antonio teve em Tony Parker a lucidez para tentar vencer, mas foram vinte e três pontos porém com sete desperdícios de posse de bola. Manu Ginobili e Tim Duncan não foram bem e Richard Jefferson foi o pior em quadra, saindo zerado da partida, mas completamente nulo nos dois lados da quadras, parecia que não estava em quadra. O brasileiro Tiago Splitter atuou por vinte e um minutos, fez dezpontos e apanhou nove rebotes (seis ofensivos), porém se mostrou um tanto quanto sem função ofensiva, já que pouco recebia a bola ou era envolvido nas ações pelos companheiros. De toda forma, mostrou muita disposição para reverter o quadro da sua equipe.
Para o jogo 5, quarta-feira em San Antonio, a expectativa é de outro duelo interessante e muito equilibrado, onde quem tiver mais sangue frio, com certeza levará a melhor. Sendo assim, controlar os ânimos e jogar a pressão para o adversário será vital para a sobrevida do Spurs ou para o fechamento da série por parte do Memphis.