Momento Olímpico
Aproveitando o momento olímpico , proponho um antigo tema que pode nos remeter a uma infinita gama de áreas a se discutir: a superioridade física dos Norte Americanos.
Digo antiga por que, nos corredores, nos encontros em quadra ou na academia, já vi, por muitas vezes, questões como essa serem levantadas. E tendo em vista nossa ascendência econômica, dois mega eventos esportivos no país e uma política de desenvolvimento um tanto contraditória ( e não estou falando única e exclusivamente da política esportiva), acho que levantar a questão sobre a superioridade esportiva norte-americana, uma potência do continente Americano, com algumas semelhanças com o nosso país, significa nos enxergar e reafirmar ou redefinir diretrizes de desenvolvimento esportivo.
Parece que desse papo de ver a potência física dos gringos, dos astros da NBA, ou mesmo ainda mais perto, de ver na academia ou na quadra o americano que vem jogar na nossa liga, já ouvi conclusões peremptórias de que o negro americano foi selecionado a dedo, escolhidos os melhores fisicamente e foram levados ao EUA. Não consigo acreditar nessa conclusão. Mandei até uma mensagem para um professor da PUC-SP, que leciona sobre Africa, para conseguir fontes bibliográficas para essa imensa pesquisa. Entretanto, ele não conhecia nenhum estudo sobre o tema e acabou por me indicar o Museu Afro Brasileiro.
Contudo, mesmo no campo do achismo, tenho tendência a julgar essa conclusão como um tanto preconceituosa e justificadora de um suposto fracasso, principalmente o estrutural e o de incentivo à pesquisa acadêmica ligada ao desenvolvimento de novos saberes.
Outro dia estava vendo no Sport Tv um programa sobre Olimpíadas, e aí mostrava uma pesquisa de uma surpreendente criança de 3 anos que levantava pesos de 3 quilos com os braços. Parece que uma pesquisadora alemã estava estudando os genes dessa criança para ajudar na cura de uma doença, que se não me engano, chama-se distrofia muscular. Essa pesquisadora descobriu uma mutação genética que poderia ajudar o combate a essa doença. Acontece que tem muita gente agora atras dessa pesquisadora para usar esse seu saber na construção de super atletas. Isso se chama dopping genético. Ainda não se sabe se foi usado, mas alguns especulam que se ainda não foi usado na olimpíada de Pequim, possivelmente se usará na de Londres.
O que quero dizer com isso: que ganhar uma prova olímpica hoje, ou ser uma potência esportiva, exige aperfeiçoamento técnico. Tecnologia, estrutura e incentivo. E nem precisa ser essa monstruosidade genética, que aparenta meio X – men. Às vezes, basta construir uma quadra de basquete numa praça do lado de sua casa. A grande extensão da prática já significa um aperfeiçoamento técnico na simples realização da experiência livre e criativa! Por que se não, seremos sempre uma nação de monocultura, que exporta só matéria-prima. Vende banana e compra bolo de banana.
Pois pra fazer um campo de futebol é fácil, basta duas Havainas e 190.732.694 pessoas correndo atras da bola!!!