Moncho viaja para acompanha jogadores brasileiros, mas passa longe do Brasil
A CBB acaba de divulgar uma inusitada nota em que informa que o técnico da seleção brasileira masculina adulta, Moncho Monsalve, fará uma série de viagens para acompanhar brasileiros que atuam…no exterior.
Isso mesmo, Moncho Monsalve iniciará uma série de viagens para acompanhar alguns jogadores que atuam fora do Brasil. A viagem do treinador, que é espanhol e vive na Espanha, começa, adivinhem, pela Espanha. Moncho acompanhará a participação de Tiago Splitter na Copa Del Rey, que acontece a partir de amanhã em Madrid.
Embora o próprio técnico tenha admitido que acompanha a Copa Del Rey in loco todos os anos, como comentarista (função que ele continua a exercer eventualmente na Espanha), dessa vez o fará “na função de técnico da seleção brasileira”, seja lá o que isso signifique.
Depois, Moncho viaja para os Estados Unidos para acompanhar uma partida de Nenê (Denver Nuggets x Los Angeles Lakers), uma de Leandrinho Barbosa (Phoenix Suns x Los Angeles Lakers) e, para fechar a estada norte-americana, uma de Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers x Milwaukee Bucks).
Agora, cabe questionar: é necessário mesmo esse acompanhamento in loco dos jogadores? Será que é isso que fará com que as estrelas da NBA deixem de desfalcar a seleção brasileira?
Sinceramente, não creio que fará qualquer diferença. Na verdade, muito me preocupa a afirmação de Moncho, na mesma matéria, de que tem acompanhado as atuações dos brasileiros no NBB e nas competições continentais apenas através de estatísticas.
Significa que um torcedor médio brasileiro está mais atualizado sobre o nosso basquete do que o próprio técnico da seleção principal adulta.
No Brasil, Moncho Monsalve só deve pisar mesmo em abril, cerca de 3 meses antes da data prevista para a apresentação da seleção brasileira que disputará a Copa das Américas que disputará uma vaga no Mundial 2010.
E não adianta dizer que o assistente técnico José Alves Neto e o preparador físico Diego Jeleilate estão encarregados de acompanhar os atletas que atuam no Brasil. É função mínima do treinador principal assistir o maior número possível de atletas selecionáveis. Afinal, é ele o responsável direto pela escalação da equipe.
Na pior das hipóteses, o que já não seria o ideal, o treinador deveria assistir as partidas gravadas do NBB e dos campeonatos continentais, mantendo-se assim sempre atualizado.
E, considerando que sempre há um farto material de vídeo das partidas realizadas na NBA e na Europa, seria muito mais proveitoso que a Confederação Brasileira de Basketball economizasse o dinheiro gasto com esse “tour” e bancasse uma longa estada do técnico da seleção brasileira no país que dirige.