O odiado

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Publicado em: 9/02/2016

O astro Kobe Bryant registrou 27 pontos e 12 rebotes na vitória fora de casa dos Lakers sobre os Pelicans na noite da última 5ª feira (dia 04/02). Desde fevereiro de 2013 – mais precisamente, na partida contra os Mavericks – ele não alcançava estas marcas, quando produziu 38 pontos e 12 rebotes no triunfo sobre a equipe texana.

Se considerarmos os últimos 3 jogos de Bryant – contra New Orleans, Minnesota e Charlotte – suas médias chegam a 29,3 pontos e 8,3 rebotes por partida (para palpitar nas últimas partidas de Kobe na temporada, acesse Bet365 para apostar online). Após o confronto contra os Wolves, o técnico Sam Mitchell, um membro ainda frustrado da partida memorável dos 81 pontos de Kobe contra o Toronto em 2006, afirmou que “o detesta, apesar dele não pontuar tanto agora”. “Ele não é mais o mesmo, mas haverão algumas oportunidades em que ele vai estar bem.”, comentou Mitchell no meio da coletiva de imprensa depois do jogo. Apesar das declarações, os 2 compartilharam uma calorosa conversa nos corredores do Staples Center.

Ao longo de suas 20 temporadas na NBA, a estrela dos Lakers deve ter criado muitos inimigos dentro de fora das quadras por conta das suas performances notáveis, porém, uma pessoa na liga o motivou a criar estas “atuações” – especialmente contra um equipe em particular.

No dia 20/12/2005, Kobe Bryant conseguiu a proeza de marcar 62 pontos em apenas 33 minutos contra os Mavericks. O Dallas, que acabou representando a conferência Oeste nas Finais daquele ano, foi derrotado por 22 pontos por um elenco mediano dos Lakers. Kobe já havia anotado outros 43 pontos em outra vitória sobre o Dallas semanas atrás, totalizando 105 pontos em 75 minutos de ação. Phil Jackson, o comandante do time de Los Angeles na época, deixou Kobe de fora no último quarto, impossibilitando a ele a chance de continuar torturando uma equipe que chegou a vencer 60 partidas antes de alcançar as finais da NBA.

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Na partida contra os Mavs em dezembro/2005, os arremessos de Kobe Bryant caíam com uma eficiência notável.

Bryant foi recentemente questionado sobre o motivo, exatamente, dele parecer jogar de forma tão brutal contra os Mavericks. E a resposta foi direta: “Del Harris”, provocando risos dele mesmo e dos repórteres. Harris foi treinador dos Lakers de 1994 até meados de 1999, comandando inclusive Kobe nas suas 2 primeiras temporadas. “Quando eu era um novato, detestava Del”, disse Bryant. “Sempre falava que se eu tivesse uma chance de me vingar, eu faria isto.” “Ele me impedia de tentar ser o mais eficiente o possível nos minutos em que eu entrava em quadra,” completou Kobe. “Sou muito agradecido por isso agora, mas estaria mentindo se eu dissesse que isto não era parte da minha motivação.”

Black-Mamba‘ estabeleceu a 2ª mais alta pontuação de sua carreira naquela partida de 62 pontos. Mas vamos manter as observações em Del Harris como a causa de toda essa “fúria” de Kobe. Ele se tornou o assistente dos Mavericks em 2000 e entre esta temporada e o 1º castigo de Kobe contra o Dallas no final de 2005 (43 pontos), eles se enfrentaram por 20 vezes quando Harris esteve na lateral da quadra. Não era como se ele estivesse encarando Del pela 1ª vez contra seu ex-treinador (ou poderia ter sido quando Kobe produziu meros 38 pontos, 10 rebotes e 6 assistências contra o Dallas em 03/12/2000).

Nenhum armador nos 50 anos de história da liga tinha sido escolhido diretamente do colegial quando os Lakers arriscaram ao selecionar o jovem Bryant em 1996. Del Harris não estava colocando um “Zé Ninguém” como titular à frente de Kobe nas suas primeiras temporadas na NBA. O armador Eddie Jones era um All-Star naquela época, enquanto Kobe jogava como o esperado – com pouco brilho de um garoto de 19 anos de idade.

Harris podia ser criticado por todas as suas invenções na rotação dos jogadores. Ele colocava Elden Campbell como o ala de força, ou então usava o veterano Jerome Kersey por muitos minutos e trouxe George McCloud no meio da temporada como um arremessador de salvação. Podia até fazer sentido, pois aqueles eram outros tempos. McCloud era um jogador com sabedoria. Kersey era uma lenda que ajudava no ataque e na defesa. E Shaquille O’Neal e Elden Campbell eram uma dupla que dava trabalho para os marcadores na conferência.

Agora ou antes, Del Harris não foi o maior problema de Kobe no começo ou no fim de sua era, mas temos que agradecer a ele e à hipocrisia de Kobe pela lendária performance de 62 pontos no final de 2005.

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