Olho nele: Carlos Arroyo
Carlos Arroyo não é simplesmente o armador da seleção porto-riquenha. Ele é o basquete borícua em seu estado puro: ousado, irreverente, por vezes presepeiro, e extremamente aguerrido. Dono de uma bola de três perigosíssima, Arroyo teve seu grande momento quando liderou a vitória de Porto Rico contra os Estados Unidos em Atenas, 2004, com Allen Iverson, Tim Duncan, LeBron James, Dwayne Wade e Carmelo Anthony em quadra.
Dono de um estilo próprio, que mescla elementos do basquete de rua com o do basquete profissional, Arroyo tem bastante dificuldade de jogar no mesmo nível em clubes. Na Europa ou na NBA, não é nem sombra do ousado Arroyo quando veste o uniforme da seleção nacional. Quem pôde acompanhar sua última temporada em Miami notou: aquela personalidade que vemos nos meses de temporada internacional fica guardada, cheirando naftalina, e o atleta se limitava a conduzir a bola até a quadra ofensiva e passar a Wade.
Quando encontra seus velhos companheiros, Ayuso, Santiago, Sanchez, PJ Ramos, Arroyo sai do casulo e volta a encantar a todos com um basquete extraordinário, irresponsável, que na mesma medida que pode conduzir à já mencionada vitória contra os poderosos ianques, pode levar a derrotas inesperadas (recentemente quase que o Paraguai lhes aplica uma peça). É, de qualquer maneira, um dos jogadores mais talentosos que estará na Turquia nas próximas semanas e que vale a pena prestar atenção.
Por Guilherme Tadeu