Olho nele: Jaka Lakovic
Muito se fala de Dragic, Beno Udrih e Sasha Vujacic, mas o principal armador nascido na Eslovênia atende pelo nome de Jaka Lakovic. Os três citados talentos da NBA, aliás, tem história bastante diferente servindo a seleção nacional. O primeiro estará lá e será companheiro de Jaka no time neste Mundial, o segundo rejeitou o papel a ele oferecido pelo técnico e abandonou os treinos da seleção e o terceiro, campeão pelos Lakers, é persona non grata por lá – o namorado de Sharapova sequer foi convocado dessa vez.
Em meio a crise deste amontoado de talento para as posições cerebrais do jogo, Lakovic se destaca pela calma, sangue frio e pontaria. Não é tão brilhante quanto Dragic e faz o time jogar menos que o agora ausente Udrih, mas certamente tem nos seus ombros o peso de conduzir essa simpática nação a uma boa colocação no Mundial de 2010, depois de uma espetacular atuação no Euro da Polônia, quando foi eliminado na semifinal pela Iugoslávia.
Naquela ocasião, Lakovic foi o principal destaque do perímetro, fazendo uma dupla sensacional com o pivô Erazem Lorbek, em um festival de picks que impressionou os fãs do basquete. Muitos esperavam que, com a chegada de Rubio ao Barcelona, o armador perderia minutos o suficiente para passar despercebido ao longo da temporada de clubes. Pelo contrário. Foi escape fundamental nos momentos mais difíceis do ano e ao lado de Victor Sada, trouxe do banco o fôlego que o jovem gênio espanhol precisava para uma temporada formidável em que venceu a Copa do Rei e a Euroliga, repetindo a dupla com Lorbek nas terras catalãs.
Dessa vez, o parceiro de garrafão avisou que não vai. Caberá, portanto, a Lakovic reinventar o seu jogo tão ancorado no craque da área pintada. Com colegas menos talentosos no jogo lá dentro, o armador terá vida dura desde a primeira fase, tendo de enfrentar armadores poderosos como Rondo, Billups, Planinic e Marcelinho Huertas.