Olho nele: Juan Carlos Navarro
Dos jogadores que estarão na Turquia logo mais, poucos têm a facilidade de pontuar que se compare ao de La Bomba. Dono de uma personalidade corajosa e um espírito guerreiro, o craque do Barcelona tem uma única função na seleção espanhola: encher as redes. Foi assim que conquistou todos os títulos, sempre com protagonismo, de sua longa carreira e é assim que ao longo dos anos tem desmontado defesas com seus chutes impossíveis de marcar.
Juan Carlos se aventurou na NBA e chegou a jogar com o compatriota Pau Gasol, mas voltou ao Barcelona para conquistar o segundo título com o clube. Se na primeira passagem, o jovem Navarro foi uma das peças importantes naquela máquina de jogar basquete que contava com Bodiroga, Jasikevicius, Femerling, Gregor Fucka e Anderson Varejão, neste ano o experiente ala-armador foi a cabeça fria da equipe que contava com o jovem talento Rubio, além de Pete Mickael, Terrence Morris, Jaka Lakovic e grande elenco.
O repertório de Navarro é formidável. O escolta pode ir para bandeja (com as duas mãos), pode dar um passo atrás e encher a cesta da linha distante, pode encarar a defesa, deixar o primeiro marcador pra trás e fugir do toco com um arremesso flutuante – este apelidado de La Bomba. A facilidade com que Navarro escapa de seus defensores se esquivando de corta-luzes é impressionante. Trata-se, sem dúvida nenhuma, de um dos mais perigosos cestinhas da história do basquete e se hoje o basquete espanhol tem tanta força, muito deve a este rapaz, que foi o primeiro jogador nascido na Espanha a conquistar o título de MVP da Liga ACB.