Olho nele: Nenê
Despontou para o mundo do basquete nos pretéritos anos de 1999/2000, oportunidade em que jogou para os diversos Vascos (Barueri e da Gama) existentes e pertencentes ao arsenal olímpico promovido por Eurico Miranda.
Naquela época, possuía corpo esguio e basquete “americano”, muita correria, enterradas e vigor físico, impressionou tanto que não passou despercebido dos ávidos olhos do Tio Sam que, tão logo puderam confirmar o seu talento, (jogos da seleção brasileira em um torneio chamado “Goodwill Games”) o levaram para o draft do ano de 2002 onde foi escolhido pelo New York Knicks (debaixo de sonoras vaias da bastante xenófoba torcida Knickerbocker) na sétima posição daquele ano.
Logo após sua seleção, foi trocado para o frio Estado de Colorado para jogar pelo até então fraco Denver Nuggets. Como calouro impressionou sua franquia pelas mesmas características que impressionava quando jogava aqui no Brasil, muito capacidade atlética e eficiência no garrafão, nascia ali, uma das maiores estórias “underrateds” de possível talento da NBA. Como de praxe, Nenê foi submetido ao milagroso bebedouro da NBA que funciona nos longos verões americanos, oportunidade em que o jogador adicionou pelo menos uns 15 quilos de massa muscular sem que combinassem a aludida mágica com seus joelhos.
Depois de muitas lesões, voltas por cima, tratamento de um câncer e religiosidade, hoje, temos um Nenê muito técnico e eficiente, sua explosão e imprenssionismo já não são mais os mesmos, não sabendo eu precisar se por opção pessoal do jogador ou por limitações físicas, mas Nenê continua sendo detentor de um excelente jogo de pernas e basquete “face up” e de costas para a cesta, seus índices de acerto por lances tentandos em quadra estão sempre entre os líderes da NBA, rivalizando com o “Hall of Fame” Shaquille O’Neal em seus áureos dias.
O determinante para que seu jogo “exploda” neste torneio Mundial será a sua participação ou “role” determinado pelo técnico Rubens Magnano, Nenê aparenta ser um jogador de grupo, motivos que lhe rendem até críticas na NBA, pois, parece-me que por diversas oportunidades o jogador abre mão da sua pontuação em detrimento de um “passe a mais”, porém, se pelo técnico restar convencionado que o jogo pode e deve ser dirigido a ele, tomo por certo que a seleção será extremamente beneficiada, pois, em minha opinião, sem sombras de dúvidas Nenê é o maior talento deste grupo de bons e ótimos jogadores levados ao Mundial.
Por Petrus Fróes