Olho nele: Nick Calathes
Depois de boa carreira no basquete universitário, defendendo os poderosos Gators, da Flórida, Nick Calathes foi draftado no segundo round em 2009 mas não tentou um contrato na liga dos EUA. Cruzou o oceano e foi para a terra dos patriarcas, lutar pelo esmeraldino Panathinaikos. A temporada em Atenas não foi nada boa. O time com Diamantidis, Jasikevicius e grande elenco acabou não conseguindo jogar em bom nível e Calathes naufragou junto com eles. Sua solidez dos dois lados da quadra, no entanto, garantiram o carinho da comissão técnica na montagem do time para o Mundial.
Pela seleção, a primeira esperança em alto nível veio na Polônia, com uma campanha bastante digna: o bronze, mesmo desfalcada de seus principais armadores. Sem Papaloukas e Diamantidis no time, Calathes ganhou minutos e pôde aparecer para os gregos, ainda um pouco reticentes em relação a talentos desenvolvidos nos EUA (a lembrança de Kosta Koufos, com razão, os amedrontava).
Dessa vez, ainda que desfalcado novamente do gênio Papaloukas, a Grécia chega com mais peso para o campeonato. E, se os amistosos servirem de parâmetro, o ex-Gator vem como uma grande opção ofensiva, e um escape inovador para esse supertime que há alguns anos disputa competições em alto nível baseando seu jogo em um forte controle do ritmo de posse de bola e sua defesa poderosa.
Alto para a posição (1,98m) e dono de uma bola de três bastante sólida, é assustador notar que o jovem tem apenas um ano como jogador profissional. Se em tão pouco tempo, ele evoluiu tanto, não é exagero imaginar que nos próximos anos ele pode se tornar um dos melhores armadores europeus. O Dallas Mavericks, talvez pensando nisso, adquiriu seus direitos para jogar na NBA em uma das trocas que realizou na noite do draft passado.
Por Guilherme Tadeu